O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou pelos crimes de estupro, feminicídio e ocultação de cadáver, o ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos, que confessou ter matado Luana Marcela Alves, de 12 anos. O crime ocorreu no setor Madre Germana 2, em Goiânia, no último dia 27 de novembro.
Na denúncia, a promotora de Justiça Bárbara Olavia Scarpelli relatou que a adolescente desapareceu ao sair de casa para ir a uma padaria nas proximidades e que, ao voltar para casa, Reidimar, que é conhecido da família, a abordou, alegando que tinha dívida para acertar com o pai dela, e solicitou que entrasse em seu veículo para indicar onde seria a casa da família.
Ainda segundo o documento, em vez disso, ele se dirigiu para a própria residência, onde, após luta corporal, aplicou um “mata-leão” na vítima para, em seguida, estuprá-la. Na sequência, para ocultar o crime, Reidimar decidiu matar a adolescente, asfixiando-a. A promotora detalhou ainda que o autor queimou o corpo de Luana, com o objetivo de destruí-lo e ocultá-lo, enterrando os restos mortais no quintal de casa e cobrindo a vala com cimento.
“Constata-se que o homicídio foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, uma vez que o crime envolve menosprezo à condição de mulher, já que Reidimar agiu de forma a extravasar seu desejo de domínio exercido na forma de subjugação sexual da vítima”, afirmou Scarpelli.
A promotora também ressaltou que o crime foi de uma “crueldade rara de se ver, implicando no estupro de menina de doze anos como pretexto para a morte; quer dizer, a vítima foi flagelada em duplicidade, por ser mulher jovem e por ter sido estuprada”, destacou a promotora, que se manifestou pela manutenção da prisão do ajudante de pedreiro. O caso corre em segredo de Justiça.