Os deputados da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovaram, em 1ª votação, um projeto de lei (PL) que garante o fornecimento gratuito de medicamentos específicos para pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) pela rede pública do estado. A proposta tem como objetivo atender pessoas com o transtorno e que comprovem não ter recursos financeiros para arcar com o tratamento.
A reportagem, o deputado estadual Charles Bento (MDB), autor do PL, afirmou que muitos dos que são diagnosticados com TDAH enfrentam dificuldades para ter acesso aos medicamentos psicoestimulantes e ao devido tratamento, justamente pelo custo elevado desses.
“São medicamentos caros, tratamentos caros. Só para conseguir a consulta com o especialista já é difícil. A medicação é mais difícil ainda”, pontuou.
O parlamentar lembrou ainda que a falta de tratamento adequado prejudica o indivíduo com TDAH em várias áreas da vida, sobretudo na acadêmica. “Muitas vezes, a pessoa até deixa de se formar porque tem essa dificuldade”.
O texto do PL destaca que deve “haver um cadastro prévio na rede pública de Saúde para que haja o atendimento preferencial.” Para entrar em vigor, a proposta precisa passar pela segunda votação e sanção do governador para entrar em vigor.
O transtorno
Conforme dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção e divulgados pelo Ministério da Saúde, o TDAH é caracterizado como “um transtorno neurobiológico de causas genéticas, caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade. Aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida.”
A associação afirma que em torno de 60% das crianças e adolescentes com TDAH “entrarão na vida adulta com alguns dos sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade, porém em menor número”.
O transtorno deve ser tratado de modo múltiplo, “combinando medicamentos, psicoterapia e fonoaudiologia”.