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Anápolis vai sediar Centro Internacional dos Correios

Divulgação
Autoridades do Porto Seco de Anápolis e dos Correios firmam contrato

A entrega de encomendas postais para destinatários no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País deve ficar mais ágil a partir do segundo semestre do próximo ano, quando Anápolis vai ganhar um Centro Internacional (Ceint) dos Correios. A unidade, que será instalada no Distrito Agroindustrial (Daia), começa a operar com a previsão de movimentar, inicialmente, 300 mil encomendas por dia.

Atualmente, existem quatro centros internacionais dos Correios – em São Paulo (SP), em Valinhos (SP), no Rio de Janeiro (RJ) e o de Curitiba (PR), um grande centro que processa cerca de 1 milhão de encomendas por dia. O superintendente estadual dos Correios em Goiás, Frank Schneider Carvalho de Moura, lembra que a operação em Goiás conta com um grande hub em Aparecida de Goiânia, na Vila Brasília, mas que recebe e envia só cargas nacionais. Por lá, são processadas cerca de 100 mil encomendas por dia.

Ele explica que a movimentação de Curitiba será diluída em outros três centros no País, sendo o primeiro deles, em Anápolis. Os outros dois serão instalados em Pouso Alegre (MG) e em Guarulhos (SP). “O município de Anápolis foi escolhido pela localização centralizada no País, próximo a Brasília e Goiânia, além de contar com vários modais de transporte”, destaca. 

O novo Ceint será instalado dentro do Porto Seco de Anápolis, o que facilitará a interação com os órgãos aduaneiros, como Receita Federal, e o desembaraço das encomendas recebidas ou enviadas para outros países.

O superintendente dos Correios ressalta que Anápolis vai receber toda carga internacional enviada para o Centro-Oeste, Norte e Nordeste do País. Segundo ele, oito aviões cargueiros de grande porte pousam semanalmente em Guarulhos. Com o início da operação do Ceint de Anápolis, parte destes voos deve pousar direto em Goiânia e, futuramente, no próprio aeroporto anapolino. De lá, as encomendas serão encaminhadas para cada estado. “Com isso, o processo logístico é encurtado e o consumidor deve receber suas encomendas mais rapidamente, e devemos ter até uma redução do custo do frete, estimulando mais o comércio internacional na região”, prevê Frank Shneider.

O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, também esteve ontem em Anápolis para assinatura do contrato de locação do imóvel e apresentação da maquete do Ceint em Anápolis. O futuro centro de distribuição terá cerca de 14 mil metros quadrados de área construída e deve gerar cerca de 400 empregos quando estiver em plena operação. O superintendente estadual informa que os investimentos nas obras das futuras instalações devem somar cerca de R$ 37 milhões.

A unidade goiana será o segundo maior Ceint do País, depois do de Curitiba, pelo menos enquanto o de Guarulhos não ficar pronto. A expectativa é que os aviões de carga, vindos principalmente da China, também sejam mais oportunidade para os empresários goianos que pretendem exportar seus produtos, diante da maior facilidade e possibilidade de redução do custo logístico.

O diretor de Operações do Porto Seco de Anápolis, Everaldo Fiatkoski, prevê que a descentralização do tratamento das encomendas deve agilizar a fiscalização e a distribuição das cargas para os destinos nos estados. Para ele, a chegada do centro de distribuição é um marco para o Daia, que é voltado para indústrias e prestadores de serviço logístico. “A carga marítima poderá vir pelo modal ferroviário direto para Anápolis com custo menor. Já os aviões de cargas, que têm mais dificuldade para pousar em Guarulhos por conta do grande tráfego daquele aeroporto, poderão vir direto para Goiânia e, em breve, para Anápolis”, avalia Everaldo.

Ele concorda que a logística aérea tem alto custo e a viagem de retorno destes aviões pode ser aproveitada para exportação de produtos locais no futuro.

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