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ANAC segue modelo europeu e deve aprovar fim das bagagens grátis em voos

Foto: Pixabay

A prática é bastante comum em outros mercados da aviação. Nos Estados Unidos e na Europa, a cobrança pela bagagem despachada já é uma realidade há tempos, e não só em voos de baixo custo. Seguindo o modelo dos mercados estrangeiros, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deve aprovar na semana que vem as novas normas do setor aéreo, entre elas, a regra que coloca fim ao transporte gratuito de bagagem para todos os passageiros.

Atualmente, em voos nacionais, cada passageiro tem direito a despachar uma mala de até 23 Kg gratuitamente. Em viagem para o exterior, até duas malas de 32kg cada, por pessoa. Com a aprovação da norma, esse benefício despenca e cada passageiro terá direito a apenas uma bagagem de mão com o limite máximo de 10 Kg. O valor a ser cobrado pelo despache irá variar de companhia para companhia.

Nos Estados Unidos, o valor varia entre US$20 (R$68) e US$30 (R$102) por mala. Já na Europa, o valor de uma mala de 20Kg varia entre €25 (R$91) e €35 (R$128).

A proposta foi divulgada pela Anac em março deste ano e deve ser votada pelo conselho da agência na próxima semana. Com a aprovação, o fim do despacho grátis de bagagem deverá valer a partir de outubro de 2018. Até lá, as mudanças serão gradativas.

  • Os voos domésticos continuam até outubro de 2018 com o limite de uma mala de até 23 kg.
  • Voos para América do Sul e Central terão direito a uma mala de 23 kg.
  • Demais destinos internacionais mantêm a permissão de duas malas, mas com peso máximo de 23 kg em vez dos 32 kg atuais.
  • A partir de 1º de outubro, os passageiros de todos os voos, nacionais e internacionais, terão direito a apenas uma mala de 23 kg.
  • Um ano depois, a partir de 1º de outubro de 2018, as franquias de bagagem despachada passam a ser livremente estabelecidas pelas companhias aéreas.

De acordo com a presidente da Latam, Claudia Sander, as mudanças serão benéficas e colocarão o Brasil à nível de competitividade mundial. “Apesar de ser um setor internacional, sem fronteira, ainda tem regras muito rígidas quando comparado ao resto do mundo. Grande parte da nossa demanda junto ao governo é inserir o Brasil em um nível de competitividade mundial. A gente tem um custo que é desproporcional ao de outros países”, disse a presidente em entrevista ao UOL.

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