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Após quase 100 horas fora do ar, Facebook volta atrás e reativa grupo ‘Indique Uma Mana’

Reprodução/ Facebook

Na madrugada do último sábado (7), mais de 45 mil mulheres sentiram-se lesadas após a comunidade virtual “Indique Uma Mana – Goiás” ser suspensa do Facebook. O grupo, criado inicialmente para ser um espaço público para ajudar mulheres no mercado de trabalho, foi além e proporcionou diversas trocas - físicas e experienciais.

No entanto, por haver uma quantidade significativa de participantes, nem sempre as publicações agradavam todos os gostos. Este, aliás, é o motivo pelo qual uma das administradoras da comunidade, Brunna Pires, acredita ter feito com que o grupo fosse suspenso.

“O motivo ao certo não foi informado pra gente. Conversando com pessoas que entendem melhor das políticas do Facebook, entendemos que a suspensão ocorreu provavelmente devido ao acúmulo de denúncias de posts”, explicou Brunna.

Segundo ela, essas denúncias eram feitas pelas próprias participantes do grupo, que não gostavam de determinado assunto abordado e, consequentemente, denunciavam o conteúdo, gerando, assim, um descrédito para a página.

Entre os motivos alegados pela rede social às administradoras do grupo para a suspensão da comunidade estava a de que não seguia os “Termos do Facebook e os Padrões da Comunidade”.

“Não permitimos que grupos contendo ameaças de danos físicos a outras pessoas ou conteúdo direcionado especificamente para indivíduos. Além disso, não permitimos grupos contendo discurso de ódio ou que rotule pessoas com base na raça, etnia, nacionalidade, religião, sexo, gênero, orientação sexual, deficiência ou doença”, diz trecho da nota.

Segundo Brunna, ela e as demais “manas” administradoras se mobilizaram e tentaram de toda forma recuperar o acesso à página, até que na manhã desta terça-feira (10) tiveram a grata surpresa de encontrar o grupo funcionando novamente.

Sobre o Indique Uma Mana

O grupo é exclusivo a mulheres (cis e trans). Diariamente são feitas centenas de publicações com indicação de bens, serviços e ofertas de emprego entre elas, principalmente em Goiânia. Construído coletivamente, para participar é preciso ser aceita ou indicada pelas participantes e há um grupo de moderadoras para que as regras sejam seguidas.

Inspirado em outro grupo da mesma rede social, o Indique Uma Mina, que reúne pessoas do País inteiro, a versão goiana também possui base feminista. Por meio de tags como “procuro”, “ofereço” e “indico”, repassam informações, há ajuda mútua e relação de confiança entre os membros. Passos para diminuir a desigualdade e aumentar a representatividade das mulheres, como defendem.

Foto: Divulgação
Nota divulgada pelo Facebook às administradoras do grupo
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