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Aparecida de Goiânia identifica duas novas sublinhagens da ômicron

Ascom/SMS de Aparecida de Goiânia
Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia tem trabalho na identificação das mutações do coronavírus

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, por meio do Programa de Vigilância Genômica, confirmou nesta segunda-feira (23) a identificação de duas novas sublinhagens da ômicron, variante do coronavírus: dois casos da BA.4 e um da BA.5. Segundo a pasta, são os primeiros registros destas sublinhagens no Centro-Oeste.

Em todo o mundo, já teriam sido identificados 2.317 casos da BA.4, sendo apenas 3 no Brasil. Números semelhantes foram registrados de BA.5, cerca de 2 mil no mundo, sendo 7 no Brasil. O impacto destas sublinhagens no organismo das pessoas ainda está sendo estudado. De acordo com a SMS, não é possível afirmar o alcance delas e se elas vão predominar em Aparecida.

“Neste ano, a variante ômicron foi a que predominou em Aparecida. 100% das amostras sequenciadas pelo nosso programa em 2022 são referentes a ela. Agora, observamos o surgimento dessas sublinhagens, que já foram relacionadas ao aumento de casos de Covid-19 em outros locais. Contudo, ainda não se pode falar em crescimento de hospitalizações e óbitos”, afirma o secretário de Saúde, Alessandro Magalhães.

Os primeiros registros da BA.4 e BA.5 no mundo foi em meados de abril, na África do Sul, Alemanha, Botswana, Bélgica, Dinamarca e Reino Unido. Elas apresentam semelhanças com a BA.2, atualmente a linhagem que tem prevalecidos nos casos mapeados de infecção. Por enquanto, a orientação da SMS de Aparecida é manter os cuidados já recomendados pelos órgãos de saúde.

“Enquanto o Sars-CoV-2 estiver circulando, infectando e reinfectando pessoas, ele sofre mutações. Esse é um processo natural da replicação do vírus. Algumas dessas mutações podem garantir um maior poder de adaptação, gerando novas linhagens mais infectantes, letais ou com escape imunológico. Para analisar as consequências é necessário monitorar”, comentou diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS, Érika Lopes, responsável pelo Programa de Sequenciamento Genômico.

A sublinhagem BA.4 foi encontrada em um casal – uma mulher de 38 anos e o marido, de 39 - que está em isolamento domiciliar. Ambos apresentaram sintomas leves, como tosse seca, dor de cabeça e mialgia e estavam vacinados com três doses.

Já a BA.5 foi identificada em um homem de 20 anos em isolamento domiciliar e com dispneia, mialgia, dor de garganta e sintomas gripais. Ele está vacinado com duas doses.

A SMS de Aparecida já considera que já existe transmissão comunitária destas sublinhagens, uma vez que não foi possível identificar como os três moradores da cidade foram contaminados.

Reportagens publicadas pela imprensa nacional informam que a variante BA.5 pode estar sendo responsável pelo aumento de casos na África do Sul desde abril, dois meses após terem sido identificadas por lá, e na Europa. Na África do Sul, esta sublinhagem é, junto com a BA.4, predominante.

Maior programa no Brasil

O Programa de Vigilância Genômica de Aparecida de Goiânia é considerado o maior do gênero no Brasil administrado por uma prefeitura e tem analisado amostras colhidas em pacientes testados positivamente com Covid-19 na cidade desde abril de 2021, quando foi instaurado. Ao todo, já foram verificadas 2,6 mil amostras. Os sequenciamentos são feitos de forma terceirizada por um laboratório e ajudam o poder público na elaboração de estratégias no combate ao coronavírus.

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