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Argentina tem 1º casamento gay judaico da América Latina

Reprodução/ El Patagonico

As advogadas Vicky Escobar, de 40 anos, e Romina Charur, 35, quebraram um copo com o pé no último domingo (10) em uma sinagoga de Buenos Aires.

Pela tradição judaica, cabe ao homem fazer esse gesto no fim de uma cerimônia de casamento. Uma alteração no ritual - e nas regras da religião -, porém, permitiu que cada uma delas o fizesse.

Esse foi o primeiro casamento homossexual judaico da América Latina, segundo a organização JAG (Judeus Argentinos Gays).

Apesar de a união entre duas pessoas do mesmo sexo ser proibida pela Torá, o Talmude (outro livro sagrado para os judeus) coloca a dignidade como um de seus princípios e permite uma interpretação a favor do casamento, explicou à reportagem a noiva Vicky Escobar.

Com base nesse princípio, a união homossexual é permitida entre os judeus conservadores desde 2006. Entre os ortodoxos, ela ainda é proibida.

Cada sinagoga, porém, tem autonomia para decidir se realizará o casamento. No caso das argentinas, a comunidade foi envolvida em uma discussão de durou dois anos, e a autorização saiu em 21 de março. Houve uma votação entre todos os que frequentam a sinagoga e o resultado foi unânime.

Até conhecer Charur, sete anos atrás, Escobar era católica - ela se converteu ao judaísmo no fim do ano passado. As duas se casaram no civil em 2014, mas queriam fazer o mesmo no religioso para poderem educar os filhos dentro do judaísmo. O casal planeja realizar uma inseminação artificial nos próximos meses.

Reprodução/ Infobae
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