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Avenida Castelo Branco terá teste de inversão de sentido

Wildes Barbosa
Faixa reversível será testada na terça (9), das 17 hs às 19 hs, entre a Praça Walter Santos e a Rua Jaraguá

A Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) fará um teste com a estratégia de faixas reversíveis em um trecho da Avenida Castelo Branco, em Goiânia, na próxima terça-feira (9). O experimento irá acontecer das 17 horas às 19 horas, entre a Praça Walter Santos e a Rua Jaraguá. Durante este período, o estacionamento na via será proibido. O intuito é aumentar a capacidade de fluxo da via e assim melhorar a fluidez do trânsito em um dos pontos críticos da capital. A expectativa é que os condutores demorem quatro vezes menos tempo para percorrer o trecho.

A medida de engenharia de tráfego consiste na inversão do sentido de circulação de faixas de rolamento para atender o sentido de maior demanda de tráfego em horários de pico. Dessa forma, na Avenida Castelo Branco, os condutores que estiverem dirigindo no sentido da Região Nordeste para Campinas irão contar com apenas uma faixa para se deslocarem, enquanto os que estiverem indo no sentido contrário irão ter três faixas para o tráfego.

No dia 22 de abril deste ano, a SMM fez uma simulação do teste que será realizado na próxima terça. “Como isso nunca foi feito antes em Goiânia, colocamos os agentes posicionados e ensaiamos. Também fizemos um trabalho com drones para acompanhar o fluxo da região e as pessoas que vão no sentido da região Central não ficaram prejudicadas, nem irão sofrer com congestionamento”, diz Vinícius Henrique Alves, titular da SMM.

Alves conta que a implantação da faixa reversível está em estudo há mais de 20 dias. A estratégia já foi adotada em grandes capitais como Brasília e São Paulo. “Pensamos de uma maneira que pudéssemos pegar o condutor em um local e deixá-lo em outro bem mais perto de casa ou do trabalho fazendo com que ele sofresse menos com o trânsito. Então, fomos verificar em quais vias da capital temos os maiores gargalos do trânsito e em quais delas a estratégia se adequava”, aponta.

De acordo com o secretário, a solução não serve para todas as vias, já que ela funciona melhor em locais onde o canteiro central não é muito largo, o que dificulta a visibilidade e o controle dos agentes. A Avenida Castelo Branco foi escolhida justamente por ser uma via com uma grande movimentação de condutores que saem de locais como a região Noroeste todos os dias para ir trabalhar em áreas como a região Central.

“Temos um semáforo de três tempos para quem quer virar à esquerda na Rua Jaraguá. As pessoas pegam até 20 minutos de congestionamento para percorrer o trecho. Estimamos que com a faixa reversível e a onda verde, esse tempo irá diminuir para entre três minutos e meio e quatro minutos. É importante destacar que em todos os cruzamentos contaremos com uma viatura da SMM e pelo menos dois agentes de trânsito”, afirma o secretário.

Alves pontua que as faixas reversíveis foram pensadas como soluções práticas e menos dispendiosas para ajudar na fluidez do trânsito em vias que ficam mais congestionadas em momentos específicos. “É uma forma de fazer uma intervenção momentânea para atender a determinada demanda e dar vazão no fluxo de veículos. Também pensamos também em outras iniciativas como, por exemplo, a direita livre nos cruzamos semaforizados. Além disso, dentro do Goiânia Adiante, temos previstas grandes intervenções de infraestrutura, como a construção de cinco viadutos”, enfatiza.

Investimento

Se a primeira experiência com a faixa reversível na Avenida Castelo Branco for exitosa, a prática da estratégia deverá ser adotada nos horários de pico da via: início da manhã e final da tarde, durante a semana. Alves explica que caso o resultado seja positivo, a SMM irá fazer um investimento na aquisição de equipamentos para garantir a segurança e o bom funcionamento da estratégia no local.

“O método exige ter um cone diferente que é mais fino e mais pesado. Teremos um letreiro luminoso que irá passar as informações sobre os dias e horários que a faixa reversível irá acontecer. Também existe a possibilidade de adquirirmos um semáforo específico, que tem o visor adaptado para o fluxo reverso, trazendo mais segurança para os condutores”, relata.

O secretário municipal de Mobilidade esclarece que caso a experiência na Avenida Castelo Branco seja positiva, a intenção da Prefeitura é ampliar o uso de faixas reversíveis para outros locais da capital. “Estamos estudando vias que tenham maior fluxo de veículos e apresentem essa possibilidade como, por exemplo, as avenidas 85, T-7 e T-9, que são grandes alimentadoras da região Central de Goiânia. Nesses casos, o processo seria o mesmo: primeiro iríamos fazer um estudo, depois uma simulação e um teste”, finaliza.

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