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Campanha 'Todos pelo Kaká' alcança a meta e menino irá fazer cirurgia nos EUA para voltar a andar

Zuhair Mohamad
Pais e irmã de Kaká fazem campanha para custear o tratamento do menino nos Estados Unidos

Uma corrente do bem que segue para ter um final feliz. A família do pequeno Carlos Eduardo Capucho Maia, de 9 anos, o Kaká, correu contra o tempo para conseguir o dinheiro para custear, nos Estados Unidos, a cirurgia que pode realizar o sonho do garoto de andar. E o esforço e esperança de todos foi recompensado. A campanha 'Todos pelo Kaká' consegui arrecadar R$ 280 mil para custear o procedimento.

A notícia foi divulgada em um vídeo publicado no Facebook da página da campanha. Extremamente emocionado, pai, mãe e o pequeno Kaká choravam de alegria por terem conquistado a audaciosa meta.

"Estamos muito felizes, esperamos tanto esse dia, quero agradecer a cada um de vocês que fizeram parte dessa corrente do bem, sem vocês não conseguiríamos. Essa vitória é nossa. Deus é maravilhoso", dizia a legenda do vídeo na rede social.

Durante o movimento para conseguir o dinheiro da cirurgia, a família chegou a fazer rifas e a promover vários eventos, como almoços beneficentes com a participação de artistas, que contaram sempre com a participação da população goianiense. O pequeno Kaká chegou a visitar o time que torce, o Goiás, e também o do Vila Nova, onde recebeu o apoio de todos. Até entrar em campo com os jogadores alviverde em uma das partidas do Brasileirão ele entrou.

Kaká possui a síndrome chamada espasticidade nos membros inferiores devido a uma paralisia cerebral. O garoto está no limite de idade recomendada para o sucesso do procedimento.

Todos pelo Kaká

Em março deste ano, os pais do menino começaram um movimento para arrecadar os R$ 280 mil necessários para a cirurgia. O valor arca apenas com a cirurgia, faltando ainda todas as despesas com passagens, hospedagem, alimentação e transporte para os 30 dias que devem ficar nos EUA.

A esperança

Com a idade avançada para o sucesso do procedimento e a pouca experiência nacional na realização da cirurgia, a família se apega à esperança internacional e pede ajuda para a realização do sonho de Kaká.

Foram necessários 22 exames, 38 vídeos e dois anos na fila de espera para que Kaká conseguisse uma vaga no disputado St. Louis Children’s Hospital, em Missouri, nos EUA, onde pretende realizar a cirurgia. 

Procedimento é raro no Brasil, diz médica

Além da cirurgia na coluna que retirará os nervos atrofiados que impedem sua movimentação, a ida aos Estados Unidos (EUA) ainda deve render à Carlos Eduardo Capucho Maia, ou simplesmente Kaká, de 9 anos, outras duas cirurgias corretivas que o trarão independência e qualidade de vida, segundo a médica fisiatra Manuella Amorim Mello, que o acompanha. 

“Não há cura para a paralisia cerebral, mas só de tirar a espasticidade já descomplica muita coisa no futuro dele, como dores e a necessidade de cirurgias ortopédicas constantes”, afirma a especialista que diz ser pouco frequente o procedimento no Brasil. 

Manuella explica que os médicos aproveitarão a Rizotomia Dorsal Seletiva (RDS), que Kaká deve se submeter, para fazerem outras correções no pé e no joelho. O garoto não encosta o solado do pé inteiro no chão, apenas a ponta dos dedos, o que teria ocasionado uma deformidade no pé e um desgaste no joelho. As duas cirurgias também estão inclusas nos R$ 280 mil. 

A paralisia cerebral é resultado da falta de oxigênio no cérebro do garoto, após o nascimento, tendo duas paradas cardíacas e passado 42 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

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