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Casa onde caiu monomotor vira ponto turístico

Marcio Ribeiro/Brazil Photo Press

SÃO PAULO, SP - Um dia após o acidente que matou o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, e outras seis pessoas, a casa do bairro Jardim São Bento, onde caiu o avião, se tornou uma espécie de ponto turístico.

Chamam a atenção dos curiosos os carros queimados e o estado da casa: chamuscada (assim como o portão do vizinho e a rua em frente) e com um buraco enorme na parede por causa do impacto provocado pelo monomotor. Na tarde deste domingo (20), a família retirava do imóvel roupas e pertences.

A dona de casa Astrid Piaggi, 76, mora há 50 anos em uma casa vizinha ao sobrado atingido. Ela diz que lavava louça na hora do impacto. "Quando vi a fumaça, comecei a gritar. Era a casa da Márcia [Carrara]". Ela conta que seu genro ajudou a família de Márcia a sair do local.

"A rua toda pegou fogo", relata. Um dia depois do acidente ainda era possível sentir um forte cheiro de queimado nas proximidades do local.

Astrid diz não se sentir preocupada por morar perto do aeroporto Campo de Marte. "Esse é só o segundo acidente que vejo."

O engenheiro Francisco Sapienza, 72, também vizinho, diz que a melhor opção é deixar o aeroporto ali mesmo. "Nós chegamos depois dele. Antes era tudo mato."
"Dessa vez o piloto errou, não tinha por que virar pra cá -só se ele tentou não cair em cima de algumas casas mais lá pra baixo." Ele continua: "Se sumir esse Campo (de Marte) daí, pode aparecer coisa pior -o prefeito vive inventando..."

O alto número de veículos causou congestionamento na estreita rua Frei Machado. Curiosos de todas as idades visitavam e fotografavam o local.

A comerciante e moradora de Santana (bairro vizinho, na zona Norte) Virgínia Conceição, 50, lamenta: "É um lugar tão calmo e bonito... Imagina só, de repente cai um avião e você não tem mais nada."

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