Um casal foi preso nesta terça-feira (7) suspeito de auxiliar uma adolescente de 14 anos na morte de um recém-nascido, em Porangatu, na região Norte de Goiás. A intenção, segundo as investigações da Polícia Civil, era omitir a paternidade do suspeito. O homem e a prima da adolescente, com quem ele é casado, auxiliaram a menor em tentativas de aborto, todas não sucedidas, motivo pelo qual planejaram a morte da criança após o seu nascimento.
Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, a reportagem não obteve o contato da defesa de ambos para que se posicionassem.
Delegado responsável pelo caso, Danilo Wendel Macedo informou à reportagem que no início das investigações a adolescente tentou omitir a paternidade da criança, mas foi possível esclarecer que o marido da prima dela era o pai. Para o delegado, não ficou configurado o crime de estupro.
“A prima da adolescente e seu companheiro auxiliaram a menor em várias tentativas de aborto. Como nenhuma deu certo eles planejaram a morte da criança após o seu nascimento. O ato foi realizado pela adolescente sob a orientação de sua prima e do companheiro dela, pai da criança”, disse o delegado.
O assassinato do recém-nascido aconteceu no último domingo (5). A Polícia Civil disse que a menor escondeu a gravidez de toda a família e acabou realizando o parto sozinha no banheiro da residência onde morava. Em seguida, ela cortou o cordão umbilical com uma faca e deu um golpe no pescoço do recém-nascido. Logo depois, jogou o corpo em um saco de lixo. A adolescente está no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Porangatu.
Danilo informou que a menor foi indiciada por ato infracional análogo a homicídio e o casal, onde ambos são maiores de idade, por homicídio triplamente qualificado.