Um casal teve R$ 1,5 milhão em contas bloqueadas por suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas, após operação realizada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO). Paolla Bastos Neiva e Valter Esteves de Bessa Júnior, vulgo Valter do Quebra Caixote também são suspeitos por dois assassinatos e uma tentativa de assassinato ocorridos no Mato Grosso por conta de disputas relacionadas ao tráfico e estão foragidos.
O Daqui não conseguiu localizar as defesas de Paolla Bastos Neiva e Valter Esteves de Bessa Júnior até a última atualização desta reportagem. As fotos dos suspeitos foram divulgadas pela Polícia Civil de modo a auxiliar no reconhecimento e prisão dos mesmos.
De acordo com a PC, em um período de três meses, Paolla Bastos Neiva movimentou cerca de R$ 3 milhões em suas contas bancárias, sem exercer qualquer tipo de atividade econômica lícita.
Segundo a PC, a lavagem de dinheiro também contava com o apoio da mãe de Paolla, que registrou em seu nome uma caminhonete avaliada em cerca de R$ 250 mil, mesmo declarando trabalhar como faxineira, além de gerenciar o recebimento de valores de aluguéis de imóveis supostamente pertencentes ao traficante de drogas.
Conforme as investigações, esses bens e valores advêm do tráfico de drogas comandado por Valter em Goiânia. Segundo a polícia, Valter ocupa uma posição de destaque em uma organização criminosa e tem passagens por tráfico, homicídio, porte de arma de fogo, além do fato de que cumpria pena por roubo.
Como o nome da mãe de Paolla Bastos Neiva não foi divulgado, o jornal não conseguiu localizar a defesa dela até a última atualização desta reportagem.
"Esse casal está foragido, o Valter já há bastante tempo deixou o estado de Goiás e está na cidade do Rio de Janeiro em uma comunidade dominada pelo tráfico de drogas”, afirmou Rhaniel Almeida, delegado à frente do caso, em entrevista à TV Anhanguera.
De acordo com o delegado, na operação deflagrada na última terça-feira (25), a polícia conseguiu, além de sequestrar valores milionários, sequestrar um veículo que também pertence ao grupo criminoso.
“Os próximos passos são mapear possíveis imóveis adquiridos por esse grupo criminoso e que tinham gerenciados os valores pela sogra de Valter”, completou o investigador.