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Caso padre Robson: TJ abre sindicância para investigar magistrados suspeitos de receberem propina

Divulgação/TJ-GO
Vaga em questão se refere ao Quinto Constitucional

Atualizada às 21h32

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) abriu procedimento de sindicância para investigar as acusações feitas a magistrados no caso padre Robson, envolvendo a Afipe.

O pedido foi feito um dia depois de a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, assinar o documento de abertura para apuração preliminar enviado ao STJ que investigará 'indícios de corrupção passiva' de magistrados do TJ goiano que teriam ligação com religioso acusado de movimentar R$ 2 bilhões em dez anos. A informação sobre a abertura da sindicância foi divulgada nesta quarta-feira (24).

Uma reportagem exibida pelo Fantástico no último domingo (21) revelou mensagens e áudios, nos quais advogados dizem ao padre Robson que pagariam R$ 750 mil aos desembargadores responsáveis pelo julgamento em segunda instância de um processo da Afipe – que já havia sido julgado em primeira instância, em desfavor da associação.

Em outro áudio, o religioso afirma para a advogada Alessandra Flores que já teria transferido uma quantia de R$ 600 mil a um desembargador. Na ocasião, a Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou desconhecer essa movimentação.

Relembre o caso

O padre Robson de Oliveira Pereira foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) no dia 7 de dezembro de 2020 por crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa.

O religioso e os outros denunciados são suspeitos de desviar recursos da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) oriundos de doações de fiéis e teriam atuado entre janeiro de 2010 e agosto de 2020 como uma organização criminosa. Os envolvidos negam todas as acusações.

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