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Cinco pessoas são presas suspeitas de vender remédios falsos para hospitais; paciente foi para UTI

Divulgação / Polícia Civil de Goiás
Cinco pessoas são presas suspeitas de vender medicamento falso

Colaborou: Samantha Souza

Cinco pessoas foram presas suspeitas de vender medicamentos de alto custo em Goiás e outros 13 estados brasileiros. Um paciente de Goiânia foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após tomar o remédio, que foi vendido para um hospital renomado da capital. 

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Murillo Leal Freire, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), a empresa de fachada, Bahia Med, tinha sede em Lauro de Freitas, na Bahia e uma filial, também de fachada, em Abadia de Goiás, na região metropolitana de Goiânia. Ao todo, a empresa movimentou mais de R$ 6 milhões, em seis meses.

O delegado relata que durante as investigações, que começaram em abril de 2022, foi constatado que ambos os lugares não tinham estrutura adequada para manter a imunoglobulina e outros medicamentos de alto custo usados para tratamento de pacientes com deficiências imunológicas graves e que necessitam de respostas rápidas ao tratamento.

Além disso, através de notificações divulgadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi verificado que o remédio comercializado era falso e que havia registros de outros casos idênticos ao ocorrido no hospital de Goiânia, em diversas regiões do país. A empresa também não tinha funcionários. 

Nesta quinta-feira (1°), equipes da Deic, através do Grupo de Repressão a Roubos (Garra), cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e nas empresas de fachada. Entre os itens apreendidos, segundo o delegado, estão celulares, computadores e outros objetos relevantes para a investigação. 

De acordo com a Polícia Civil (PC), o grupo agia seguindo uma hierarquia. Nela, Sidney Donizetti Pereira Júnior exercia a posição de líder, o pai dele Sidnei Donizetti Pereira atuava como um gerente, Jilmar Rodrigues Trindade e Rosimar Rodrigues dos Santos, no apoio logístico, enquanto Agmar Bruno da Silva era o “laranja”. 

Eles foram presos em março desde ano, porém, a informação só foi divulgada nesta quinta-feira (1º). Agora, segundo o delegado, eles serão indiciados por associação criminosa, tentativa de homicídio qualificado, falsidade de medicamentos e falsidade ideológica. 

 

A divulgação da imagem e identificação dos investigados foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019, Portaria nº 547/2021– PC e Despacho do Delegado de Polícia responsável pela investigação, especialmente porque a organização criminosa atua com venda de medicamentos em diversos Estados brasileiros, logo, a divulgação do nome da empresa e imagem dos investigados podem auxiliar no surgimento de novas vítimas.

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