Geral

Com 100% de UTIs ocupadas, associação da rede privada de Goiás diz que aumento de vagas é “inviável”

Reprodução/TV Anhaguera

Em carta pública divulgada nesta sexta-feira (19), a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) confirma que os hospitais associados à entidade atingiram lotação máxima de leitos de UTI destinados ao tratamento da Covid-19.

Diante do cenário, a Ahpaceg pede por “esforços conjuntos” e diz que a abertura de novos leitos é “inviável”.

“Nas últimas semanas, com a intensificação da chamada segunda onda da pandemia, temos enfrentado um cenário assustador”, diz o texto. Na sequência, a entidade detalha que todos os leitos de UTI estão ocupados ou bloqueados para pacientes graves já em atendimento nos hospitais.

“Esse problema vem se repetindo nas últimas semanas e hoje chegamos ao limite. Antes, assim como na primeira onda, ainda conseguíamos transferir pacientes entre os hospitais associados, garantindo as internações necessárias. Mas, agora, o momento é crítico e não há vagas”, destaca em trecho que na sequência é complementado: “O aumento da oferta de vagas neste atual cenário é inviável”.

Segundo a associação, a demanda por leitos aumentou significativamente nas últimas semanas, não só para Covid-19, como para outras doenças. “O que não aconteceu em 2020, quando muitas pessoas deixaram de procurar os hospitais temendo a contaminação pelo coronavírus, negligenciando doenças e mesmo suspendendo tratamentos que dependiam deste atendimento hospitalar”, pontua.

Crise financeira

Na carta, os hospitais dizem que estão sem condições financeiras para novos investimentos. O problema seria decorrente de questões como o aumento dos custos assistenciais em 2020. “Estamos lotados e com nossa saúde financeira comprometida”, destaca a carta.

Os hospitais associados ainda tratam sobre a sugestão de suspensão de cirurgias eletivas com o intuito de abrir novas vagas para internação. Segundo eles, a ação agravaria a situação da rede hospitalar e deixaria pacientes sem atendimento.

“Precisamos de esforços conjuntos. A população e as autoridades precisam adotar medidas sérias para evitar a proliferação da doença”, diz outro trecho. A carta finaliza clamando por colaboração, incluindo do Ministério Público. “Estamos fazendo tudo o que podemos, mas precisamos do apoio da sociedade, dos gestores, dos planos de saúde, do Ministério Público, enfim, de todos que querem o fim desta pandemia”. 

Comentários
Os comentários publicados aqui não representam a opinião do jornal e são de total responsabilidade de seus autores.
ANUNCIE AQUI