O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica que pode afetar inúmeros órgãos e tecidos do corpo humano, como a pele, articulações, rins e o cérebro. A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SRB) estima que cerca de 65 mil pessoas no Brasil, com idade entre 20 e 45 anos, sofram com o problema. E mais: a doença acomete especialmente o público feminino. Acredita-se que a cada 1.700 mulheres no país, uma tenha o lúpus.
Diagnosticada em 2005 com uma forma rara e severa da doença, Francisca Soares de Oliveira, 55 anos, aposentada, está entre as milhares de brasileiras que enfrentam uma enorme batalha para ter o mínimo de qualidade de vida, já que o Lúpus Eritematoso Sistêmico não tem cura. Natural de Rio Branco, capital do Acre, Francisca conta que no início do tratamento precisava vir para Goiânia a cada três meses.
Mas seu estado de saúde foi agravando e as viagens tornaram-se mais frequentes. Foi quando em 2015, que Francisca, junto com a irmã, mudou-se para Goiânia com o objetivo de buscar melhores condições para se tratar. Desde então, ela vem sendo assistida pelo Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG). A doença se agravou, e ela precisou de uma equipe multidisciplinar de médicos, com traumatologistas, cardiologistas e ortopedistas.
Contudo o tratamento não impediu o avanço da doença, que já atingiu seu estágio mais severo. O lúpus causou estragos nas articulações de Francisca, tornando inviabilizando sua locomoção. "Estou acamada desde maio e, no intervalo, tive que enfrentar uma infecção resistente, o que me levou a uma internação de oito dias para receber tratamento com antibióticos", diz Francisca.
Voltar para casa
Em razão dos comprometimentos que a doença lhe gerou, e de não haver mais o que fazer a não ser cuidados paliativos, ela e sua família entenderam que é melhor que ela esteja em sua terra natal, junto de seus parentes que podem melhor assisti-la. O problema é o custo para voltar para casa. Fran precisa de duas passagens de avião, sendo que a dela precisa ser em acomodação especial, pois ela só fica deitada.
“Eu enfrento a doença há mais de 15 anos e tenho sofrido muito a cada evolução dela. Não temos condição de viver aqui. Meu sonho é poder voltar, mas, para isso preciso de ajuda financeira por conta das passagens, que são duas, minha e da minha irmã, que me acompanha”, desabafa.
Atualmente, Francisca mora com a irmã em um apartamento no centro de Goiânia, elas sobrevivem com ajuda de amigos e conhecidos da igreja. Eles pagam seu aluguel e ajudam nas despesas básicas, e também no plano de saúde.
Serviço
Se você puder ajudar Francisca de alguma forma, entre em contato pelos telefones: 68 99991-9391 e 62 98272-6646.