O imbróglio envolvendo a Rua 66, no Jardim Goiás, próximo ao Parque Flamboyant, chegou ao Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO). Com apenas uma quadra, 115 metros de extensão, e em sua largura mal cabem três carros um do lado do outro, a via tem causado estresse em moradores, transeuntes e motoristas no local. Uma petição foi entregue ao tribunal sobre a situação da rua.
Desde junho do ano passado, a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) já realizou cinco mudanças no sentido da via. Os moradores de imóveis na 66 ou com acesso de garagem por lá querem que o fluxo siga sentido Parque/rua 56. Já quem mora na rua 52 e 12 quer que seja o contrário.
A solução encontrada pela SMM foi colocá-la em mão dupla. Na confusão sobrou para duas autoridades que residem na região, como o secretário-geral de Governo de Goiás, Adriano da Rocha Lima, e o pastor Josué Gouveia, da Assembleia de Deus Ministério Vila Nova e pai do ex-deputado e presidente da Emater, Rafael Gouveia. Cada qual em campos opostos.
Análise
O conselheiro do TCM, Daniel Goulart, decidiu no começo de agosto pela admissibilidade de uma denúncia feita ao tribunal por moradores de um residencial da Rua 66 que ocupa praticamente toda uma das quadras da via e pediu uma análise da Secretaria de Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia do órgão para que verificasse o pleito. Os denunciantes afirmam que o melhor para a via seria manter o sentido único, do Parque Flamboyant para a Rua 56, e afirmam que a SMM tem sido negligente com a busca por uma solução.
Os moradores dos condomínios com acesso pela Rua 66 afirmam que o melhor para o fluxo do trânsito na região seria manter o sentido único Parque/56 e chegaram a incluir um estudo técnico na petição entregue ao TCM-GO. Segundo o material, a pista de rolamento desta via não oferece condições para comportar as duas faixas de fluxo mais a de estacionamento. Com isso, muitas vezes os motoristas precisariam infringir a legislação invadindo a outra faixa para trafegar.
DIFICULDADE
O jornal esteve no local e verificou que realmente há uma dificuldade entre os motoristas para atravessar a Rua 66 quando há um veículo na outra pista. Pior quando essa ação envolve um caminhão. A faixa onde ficam os carros estacionados está sempre ocupada, sendo necessária muitas vezes a área reservada à entrada e saída dos veículos nos imóveis para manobras que permitam a passagem de quem está no sentido contrário.
Um abaixo-assinado foi feito há um ano por moradores da Rua 52 e da 12, que querem que a 66 fique no sentido 56/Parque, para que a mudança ocorrida no ano passado fosse mantida.
O secretário Adriano da Rocha Lima diz que foi procurado pelos moradores da Rua 52, onde reside, e da 12 para que encaminhasse a reivindicação deles para a Prefeitura. “Nunca foi um pedido meu. Os moradores só me pediram ajuda para encaminhar o abaixo-assinado dos moradores de vários condomínios para a prefeitura”, disse. Para ele, a solução atual foi a melhor para os dois lados.
Já Rafael Gouveia confirma que seu pai, morador da 66, já esteve diversas vezes na Prefeitura para pedir uma solução definitiva para o problema. “Meu pai falou com o prefeito, com o secretário de trânsito na época e com o chefe de gabinete do prefeito também”, comentou. Segundo ele, a maioria dos vizinhos do pastor são favoráveis para manter o sentido único Parque/56.
O jornal entrou em contato na manhã desta terça-feira (8) com a Secretaria de Mobilidade para tratar das informações repassadas pelos moradores e questionar a existência de um estudo técnico, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.