Os corpos de uma mulher e a filha dela foram encontrados carbonizados em Guapó na tarde de quarta-feira (13). As duas estavam desaparecidas desde o último fim de semana. O companheiro da mulher, de 27 anos, foi preso por suspeita de ter cometido os crimes em uma casa em Goiânia e ateado fogo no corpo das vítimas ao abandoná-los em uma estrada vicinal de Guapó.
Jucilene Costa da Cunha, de 26 anos, estava desaparecida desde o dia 8 e apareceu em casa na manhã do dia 12 para buscar a filha mais velha, Larissa Costa Noleto, de 10 anos. Ambas teriam sido mortas horas depois.
Daniel Antônio de Carvalho foi preso em casa, no Jardim Liberdade, em Goiânia, após perceber a chegada de uma equipe da Polícia Civil e ter tentado fugir com o carro. Ele teria saído com o veículo da garagem sem nem abrir antes o portão, arrebentando-o e parou após bater em uma viatura policial. Um tiro foi disparado por um dos agentes para conter o suspeito e o atingiu de raspão na perna.
Suspeito de ajudar na ocultação dos corpos também foi preso
A Polícia Civil também prendeu Alessandro Pereira Michel, de 34 anos, sob suspeita de ter ajudado Daniel a ocultar os corpos. Em depoimento, Alessandro contou que conhecia Daniel há dois meses, pois trabalhavam juntos, e na noite do dia 12 foi procurado por este para uma ajuda em troca de R$ 1 mil, dinheiro que diz não ter recebido.
Ainda segundo Alessandro, o colega lhe contou que estava devendo dinheiro para uma agiota e que esta estava ameaçando seu filho, por isso resolveu mata-la. Além disso, contou que matou a filha da suposta agiota por ter testemunhado o crime. O comparsa afirma que não identificou as vítimas, pois ao chegar na casa de Daniel, por volta de 23h30, os corpos estavam envolvidos em sacos plásticos e terra.
Ele diz que levaram os corpos no carro de Daniel e deixaram em uma estrada de terra em Guapó, por volta de 2h da madrugada. Ao retornarem para o carro, Daniel teria resolvido queimar os corpos e foram até um posto próximo para comprar combustível e jogar nas vítimas.
Companheiro da vítima confessou o crime
Em seu depoimento, Daniel preferiu ficar em silêncio. No relatório policial, é dito que ao ser preso ele confessou o crime. Uma prima da vítima ao procurar a polícia para denunciar o desaparecimento afirmou que Jucilene estava com medo após Daniel descobrir uma traição.
Um dos agentes da Polícia Civil, que quase foi atropelado na tentativa frustrada de fuga, contou em depoimento que Daniel admitiu ter matado as duas com uma faca e estuprado a enteada. No momento da prisão, o suspeito entregou o comparsa, que foi preso instantes depois em um quarto de motel na capital.
Daniel foi preso em flagrante por duplo feminicídio, tentativa de homicídio e ocultação de cadáver. Já Alessandro, por ocultação de cadáver.