No dia 31 de março de 2015, há um ano, morria Marizete de Fátima Machado, de 53 anos, vítima de um dos mais cruéis casos de vingança já vistos no Brasil, o chamado ‘crime da pamonharia’.
No dia 29 de março do ano passado, a cozinheira Marizete foi espancada, baleada cinco vezes e teve mais de 40% do corpo queimado.
Segundo a investigação, Sueide Gonçalves da Silva e seu filho William Divino da Silva Moraes, autores do crime, estavam implicados com a concorrência criada pelo estabelecimento onde Marizete trabalhava no Jardim América.
De acordo com relatos ouvidos pelo juiz Lourival Machado da Costa, a acusada convidou Marizete por diversas para trabalhar em seu restaurante que ficava em frente ao de Sueide. A cozinheira negou todas as ofertas, o que culminou no sentimento de vingança.
Sueide e William levaram a cozinheira para um matagal, próximo a Abadia de Goiás, onde houve a tentativa de homicídio.
Marizete, mesmo ferida, caminhou aproximadamente 2km para pedir ajuda.
Antes de morrer, a cozinheira contou ao filho quem eram os autores do crime. "Ela ainda estava consciente e disse ao filho: 'Se eu morrer, saiba quem tentou contra minha vida, quem me sequestrou, torturou, foi o (nome do jovem) e a mãe dele'", revelou o delegado Manoel Borges responsável pelo caso.
Os acusados negam a autoria. Segundo a defesa, eles estão presos na Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia. Os dois foram denunciados e pronunciados por homicídio qualificado, o qual tem pena mínima de 12 anos.
Os dois devem ir a júri popular.
A defesa entrou com recurso, que está sob apreciação do Tribunal de Justiça de Goiás, para a modificação da conduta dos acusados, classificada como de motivação fútil, emprego de meio cruel e com impossibilidade de defesa da vítima.