A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) enviou, na última segunda-feira (9), ofício ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) e à Corregedoria da Polícia Militar (PM) pedindo a apuração do caso de Anderson Meneses Nunes, o homem em situação de rua que foi baleado em Goiânia por policiais militares após, em um aparente surto, atirar pedras contra a viatura.
A situação ocorreu no dia 4 de janeiro. Um vídeo mostra o momento em que os PMs fazem ao menos 14 disparos, atingindo Anderson na região do abdômen e do braço, após ele jogar pedras na viatura e quebrar o vidro de outros carros estacionados na rua, em um bairro da capital.
Anderson segue internado no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A pedido da DPE-GO, a Justiça aguarda sua recuperação para a realização de audiência de custódia.
O defensor público Carlos Augusto de Oliveira Santiago Júnior, coordenador do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (Nudh) em substituição, solicitou à Corregedoria da PM a “instauração de procedimento administrativo (Proad) para verificação da conduta dos servidores públicos envolvidos”.
Ao MP-GO, o defensor pediu também que o Nudh seja comunicado, “na eventual abertura de procedimento, bem como que sejam encaminhadas cópias do que foi investigado até então.”
Em nota a PM informou o seguinte: "Assim que a PMGO tomou conhecimento do fato determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do caso e afastou os Policiais Militares envolvidos das atividades operacionais até o término das apurações."
A reportagem também entrou em contato com o MP-GO sobre o caso e aguarda retorno.