A Polícia Civil (PC) concluiu inquérito que indiciou 10 pessoas por envolvimento em crimes como fraude e corrupção na fila de cirurgias eletivas do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os casos estão pessoas beneficiadas na fila de cirurgias eletivas, principalmente procedimentos estéticos que ocasionaram ocupação indevida na fila e sobrecarga no serviço.
O delegado que está no caso, Danilo Victor Nunes de Souza, informou que o grupo era composto por agentes públicos e particulares que atuavam em Goiânia e outros municípios do estado. Eles faziam a captação de pacientes e falsificavam os dados no sistema para beneficiar pessoas que estão fora dos critérios que são exigidos pelo SUS.
Ao todo a PC indiciou 10 pessoas pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência, inserção de dados falsos em sistema de informação e posse de apetrechos para falsificação.
A maioria das fraudes descobertas é voltada para cirurgias de caráter estético, e que algumas das pessoas que fizeram os procedimentos pagaram propina para intermediários e operadores do sistema de regulação médica.
O delegado disse que somente um desses envolvidos teria feito quase 2 mil inserções no sistema do SUS no último semestre de 2022. Esses beneficiados na fila de procedimentos médicos causaram sobrecarga na fila e demora no atendimento para quem realmente precisava. O inquérito, que tem mais de 15 mil páginas, seguirá para o Poder Judiciário.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que no inquérito policial remetido à justiça, não há envolvimento de servidor da pasta.