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Dia das Mães deixa comércio otimista para aumento de vendas em Goiânia

Wildes Barbosa/O Popular
Deyvison Souza, gerente da Imaginarium: equipe mais motivada para o que considera o primeiro ‘Natal do ano’

A expectativa de queda nas vendas para o Dia das Mães ficou no ano passado. Depois de um recuo considerado histórico, o comércio em Goiás está mais otimista com a data, que é considerada uma das principais em vendas depois do Natal. Há lojistas que já ampliaram o número de produtos no estoque ou apostaram em maior diversidade para atrair o consumidor. Porém, o clima de incerteza devido à pandemia de Covid-19 ainda preocupa e freia algumas ações e maiores investimentos para a comemoração.

Diferente de 2020, quando muitas pessoas deixaram de presentear. Este ano o comércio espera que o consumidor possa escolher pelo menos um presente mais barato para a mãe. É o que aposta o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO), Valdir Ribeiro. “O comércio tem oportunidade de estar aberto e tem se preparado. A expectativa é boa para recuperação, talvez não no mesmo volume em dinheiro, mas em vendas”, diz ao defender que é a segunda melhor data do ano.

Ele cita levantamentos que apontam aumento de até 50% em relação ao resultado do ano passado, especialmente para produtos de casa e de 21% para eletrônicos. Porém, ainda não há pesquisa fechada para Goiás. “Se ocorrer manutenção da abertura do comércio, vai dar oportunidade das pessoas comprarem com antecedência, só que nem todos os lojistas vão estar com estoque como queriam por essa insegurança.”

O desempenho das vendas para 9 de maio também já é tido como termômetro para as próximas comemorações, como o Dia dos Namorados. “Com auxílio emergencial menor e mais desempregados, espera-se menos dinheiro circulando. Mas as pessoas estão mais unidas e podem não deixar de presentear.”

A insegurança e as dívidas contraídas pelos fechamentos do comércio durante a pandemia, especialmente na segunda onda, fez com que a empresária Jordana Viglioni, proprietária da Tok Modas, reduzisse o estoque em 50%. Como ainda negocia com fornecedores, ela faz parte do grupo que não conseguirá apostar muito na data e ainda pode fechar uma loja.

“Se estivesse em um período normal, o lucro poderia ser bom, mas a minha margem para produtos mais populares é pequena.” Para empresários que conseguiram investir em vendas on-line e ter maior diversidade, o cenário é um pouco mais otimista. No Goiânia Shopping, a Loja Imaginarium está com estoque até 20% maior do que em relação ao ano passado para produtos voltados para as mães.

“Temos uma linha toda voltada para a mulher, para beleza e auto-cuidado com o tema de relaxamento, spa. Estamos com uma equipe mais motivada e será o primeiro ‘Natal do ano’”, diz o gerente da loja, Deyvison Souza. Proprietária da SLN, Ana Elizabeth Piccolo também percebe o momento mais otimista e investiu no estoque por ser uma data importante, a empresária prepara descontos e venda on-line para tentar acompanhar o movimento do mercado.

Nos shoppings da capital, há campanhas para incentivar o consumo. No Goiânia Shopping, haverá sorteio de um Corolla Cross, no valor de R$ 130 mil. Cada R$ 500 em compras dará direito a cupom para participar da promoção que começa em 29 de abril e vai até 13 de junho, para aproveitar o Dia dos Namorados. Já no Flamboyant, haverá três sorteios, dois vale-compras de R$ 100 mil cada e um carro BWM 320iGP Active Flex, promoção mais longa de 16 de abril até 23 de agosto para incluir até o Dia dos Pais.

 

Empresários divergem sobre abertura no feriado de Tiradentes

Empresários divergiram nesta quarta-feira (21) sobre a abertura do comércio. O Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO) informou, inclusive por meio de rede social, que o varejo não poderia abrir no feriado de Tiradentes. O posicionamento foi justificado com base na falta de amparo de um acordo com trabalhadores ou da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – a que permitiu abertura nos últimos feriados venceu em 1º de abril. Segundo o presidente da entidade, Eduardo Gomes, há interesse em manter as empresas funcionando, mas havia o risco legal para convocar os trabalhadores. No entanto, o posicionamento gerou duras críticas de comerciantes na internet devido ao recente período em que as lojas tiveram de ficar com as portas fechadas por determinação de decretos municipais e estaduais. “Há falta de coerência e uma pressão para que os empresários assinem CCT e comecem a pagar benefício social”, acusa o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Rubens Fileti. A convenção está em negociação. Sobre isso, o presidente do Sindilojas-GO informou que o posicionamento foi pela abertura, mas em reunião no dia anterior “não se chegou a um consenso”. “Por falta de negociação com sindicato laboral, não poderia abrir pela insegurança jurídica. Estamos em um País livre, então estando de acordo com decretos pode abrir no dia que quiserem, mas corria o risco”, pontua ao ressaltar que CCT sobressai a legislação e que a Portaria SEPRT n°1809/2021, que autoriza domingos e feriados, não tem força de lei.

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