A dona de casa Simone Gomes pede ajuda para poder continuar criando uma leitoa de estimação em casa após uma vizinha denunciar que o animal estava com mau cheiro e Vigilância Sanitária dar três dias para ela retirar a Nina do local, em de Petrolina de Goiás.

"O fiscal da Vigilância Sanitária chegou aqui em casa dizendo que haviam feito uma denúncia de que eu criava um porco em casa e que estava com mau cheiro. Depois de andar pelo quintal, ele disse que a denúncia não procede porque a Nina é criada como pet e não tem mau cheiro", afirma Simone.

Porém, a dona da leitoa disse que o agente não fez um relatório de como encontrou o animal devido a uma lei criada em 2005 que proíbe a criação de suínos na zona urbana. Isso porque na época os moradores tinham chiqueiros em casa para criar porcos com intuito de vendê-los ou consumi-los.

"O município publicou essa lei, mas ela não especifica que é proibido a criação de porco como pet, como a Nina é criada", explica a dona de casa.

Simone relata que ganhou a leitoa de presente do genro após outro porco que ela criava na fazenda morrer por picada de cobra. O animal se tornou a alegria da família.

"A Nina é a felicidade da minha casa. É minha pet. É como se alguém tivesse um cachorrinho e alguém tirasse o animal dessa pessoa. Sem ela aqui minha vida será uma profunda tristeza. Não podem tirá-la do meu convívio", diz a Simone.

A intimação foi entregue para a dona de Nina na sexta-feira (1°) quando o agente foi fiscalizar o local onde a leitoa vive. Conforme o documento, a mulher tem até a próxima quarta-feira (6) para retirar a leitoa de casa.

"O fiscal disse que se eu não retirar, eles vão entrar judicialmente e tirar a Nina de qualquer jeito. Meu advogado foi hoje para tentar regularizar a situação para que a Nina se enquadre como pet doméstico".

O Daqui entrou em contato com a Vigilância Sanitária para pedir um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.

Em nota enviada a TV Anhanguera, a prefeitura de Petrolina de Goiás disse que apesar da notificação, a dona do animal tem direito à defesa e pode apresentar um requerimento à Vigilância Sanitária solicitando enquadramento do animal como pet doméstico, o que possibilitará a criação em perímetro urbano.