Em oito meses desde o início do projeto de revitalização das estruturas do Eixo Anhanguera, tanto das estações de embarque quanto dos terminais que compõem o corredor, cinco estações já foram finalizadas pelo sistema de transporte coletivo metropolitano. Já estão entregues aos usuários as plataformas Hemocentro, Lago das Rosas, Universitária, Vila Bandeirantes e Anhanguera, localizada no Jardim Novo Mundo. As duas últimas foram concluídas no sábado (17) e entregues no dia seguinte. A previsão é que todo o Eixo esteja revitalizado até o final de 2025. Ao todo serão 19 estações e seis terminais.
As estações são dotadas de recursos tecnológicos e de acessibilidade que permitem ao usuário mais informações sobre o acesso ao serviço, como o tempo de chegada do próximo ônibus, rede wi-fi gratuita e torre de carregamento de celulares. Nesta segunda-feira (19), na Estação Anhanguera, o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivas (CMTC), Murilo Ulhôa, explicou que a demora nas obras se dá para manter a operação no Eixo, de modo que não se trabalha em todas as estações ao mesmo tempo. Quando uma está em obras, e fica fechada, os usuários passam a embarcar ou desembarcar na seguinte ou na anterior, que estão livres.
Cada estação tem um custo de R$ 2,75 milhões, que são pagos via tarifa do sistema, sendo que atualmente o usuário paga R$ 4,30 e o poder público (Estado, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira) arcam com outros R$ 5,08. Subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte da Secretaria Geral de Governo (SGG), Miguel Pricinote lembra que, ao todo, o investimento público no sistema chega a R$ 1,7 bilhão. Ele afirma que a Metrobus, empresa responsável pelo Eixo, apresenta hoje alto índice de confiabilidade.
“A empresa está com novo fôlego, ela está bem diferente. Eu até gostaria de convidar, nós poderíamos até agendar de ir lá na Metrobus mostrar sua nova gestão, mais moderna, com todos os painéis de bordo. A Metrobus já é uma empresa bem diferente daquela”, diz ao se referir aos problemas pelos quais passou a operação no Eixo entre 2021 e 2022, que precisou ser reforçada com veículos das demais concessionárias. Ulhôa ressaltou que a intenção é que o usuário tenha melhorias além das estações. “Não é só obra, não é só ônibus novo, o usuário quer sim, ele quer chegar mais rápido no seu destino, ele quer ter o ônibus mais rápido, isso é uma preocupação nossa, sim”, diz.
Quanto aos terminais do Eixo Anhanguera, o presidente da CMTC afirma que o do Novo Mundo deve ficar pronto em outubro deste ano. Antes disso, em setembro, deve ser inaugurado o novo centro comercial, em local anexo ao terminal, que vai abrigar os permissionários que atuavam tanto no Novo Mundo quanto no Praça da Bíblia. Neste último, cuja reforma vai começar após finalizar a do Novo Mundo, ficarão apenas 10 quiosques, todos de alimentação, cujos ocupantes serão definidos por sorteio. Ulhôa conta que os trabalhadores terão estrutura mais adequada e um valor de R$ 200 de mensalidade, ante os R$ 800 que seriam cobrados, com carência de pagamento até janeiro de 2025.
Ônibus
Nesta terça-feira (20), serão apresentados pelo governo estadual, na Praça Cívica, 60 ônibus novos, sendo 10 elétricos e 50 de combustão, que vão integrar a frota da rede metropolitana. Esses veículos em específico serão utilizados na operação do BRT Norte-Sul, cujo início está previsto para setembro deste ano, mas ainda sem um dia específico marcado. A estimativa é que as estações deste corredor fiquem prontas até o próximo dia 30. Os locais estão recebendo tecnologia semelhante ao que se aplica nas revitalizações das plataformas do Eixo Anhanguera, mas já com portas de vidro automáticas que permitem o embarque e o desembarque seguro. Essas estruturas serão aplicadas no Eixo ao final das reformas de todas as estações.
Quanto aos veículos elétricos, Ulhôa entende que a utilização de 10 veículos no BRT Norte-Sul será a primeira experiência mais robusta deste tipo de ônibus em Goiânia. Até então, dois elétricos foram usados na linha 025, que atua na região da Avenida T-63 e Terminal Bandeiras. Outros dois estão em operação no Eixo Anhanguera há um mês. Segundo Pricinote, ainda é cedo para traçar um panorama da efetividade dos veículos. “Mas está dentro da expectativa inicial. Agora é aprender mais, principalmente em relação ao consumo da bateria. Percebe-se que boa parte dessa condição está também no motorista, a forma que ele acelera, a frenagem, então melhorando o treinamento e tudo mais, acredita-se que o rendimento dessa bateria será melhor.”