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Em 2016, criança despencou de mesmo brinquedo que causou morte em clube de Caldas Novas

Arquivo Pessoal
Ailton Gabriel Macedo de Carvalho, então com sete anos, despencou de uma altura de 12 metro. Ele ficou internado por 20 dias e passou por cirurgia no rosto

O acidente no brinquedo Vulcão do Clube DiRoma, em Caldas Novas, não foi o primeiro envolvendo crianças no local. É o que conta Zeni Macedo, mãe de Ailton Gabriel Macedo de Carvalho, que na época tinha 7 anos. No dia 06 de janeiro de 2016, o garoto despencou de uma altura de 12 metros no mesmo brinquedo que provocou a morte de David Lucas de Miranda, de 8 anos, no último domingo (13). Ailton Gabriel teve fraturas em vários ossos da face, coagulo e edema cerebral. Ele passou por cirurgia e ficou 20 dias internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

De acordo com o padrasto do garoto, Vinicius Gustavo, o dia de alegria no clube quase terminou em tragédia. Ele relata que subiu as escadas da atração com o enteado, passando por todas as sessões, até chegar ao topo. No local, os próprios visitantes improvisaram uma fila para descer em um dos quatro tobogãs. “Não havia nenhum funcionário no local, nenhum instrutor. As pessoas formavam a fila e esperavam para descer, uma após a outra, com um intervalo de 10 a 12 segundo de diferença”, lembra.

Vinicius conta que na época, apenas dois dos escorregadores tinha cobertura e que no topo do brinquedo não havia nenhuma sinalização ou placa de advertência sobre o limite de peso, altura e idade mínima para utilizar a estrutura. Ele relembra que na empolgação, o garoto pediu pra ser o primeiro e que ele se dirigiu a um dos tobogãs que não tinha cobertura. “Ele desceu em um dos escorregadores descobertos e por ser muito magrinho parou na metade. Ele achou que havia chegado e tentou descer. Foi nesse momento que ele caiu de uma altura de 12 metros. Assisti tudo lá de cima”, disse ao POPULAR o padrasto do garoto.

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Segundo a família, o garoto recebeu os primeiros socorros ainda no clube, mas sem o uso dos equipamentos necessários. “Eles levaram ele no colo para a enfermaria. Não usaram maca, nem colar cervical. Achamos muito errado”, conta Vinicius. Ailton Gabriel foi atendido pelo Corpo de Bombeiros e levado para um hospital da cidade, antes de ser transferido para o Hugo, onde ficou internado por 20 dias, após passar por cirurgia.

O acidente não deixou sequelas na criança, mas o trauma vivido pela família não foi esquecido. “Nunca mais voltamos lá e não indicamos para ninguém. Aconteceu com a gente e agora levou essa criança de apenas oito anos, com quase a mesma idade que o Ailton tinha na época do acidente”, completa. A família relata ainda que o clube prometeu assistência, mas que a ajuda só chegou após procurarem a imprensa e o caso ganhar repercussão.

Procurada pela reportagem de O POPULAR, a assessoria de imprensa informou que o Clube DiRoma não vai se manifestar sobre o caso.

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