Em vídeos feitos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao final dos atos de 7 de setembro, manifestantes comemoram um falso estado de sítio no Brasil. O estado a qual se referem é decretado quando um problema atinge todo o país, ou em casos de guerra. As imagens com a informação falsa começaram a circular nas redes sociais na noite de quarta-feira (8).
Em um trecho, um bolsonarista com sotaque do Sul fala exaltado ao lado de outro colega, com camisa de reservista na mão, em meio a buzinaços. “Boa noite pessoal, estamos aqui direto de Brasília, com meu amigo lá de Lages, e conseguimos, fizemos parte, estado de sítio, vamos tirar os vagabundos de lá, conseguimos tirar os 11, fizemos nossa parte, viemos para Brasília, levantemos o cu da cadeira para Brasília fazer nossa parte, estamos aqui na concentração, participemos da história do Brasil, nós conseguimos gente, e trago essas notícias para vocês”.
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— CPI DOS MEMES (@cpidosmemes) September 9, 2021
OS CARAS ACHAM QUE O BOZO DECRETOU ESTADO DE SÍTIO
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Em outro vídeo, um apoiador, emocionado, fala da suposta situação: “Meus amigos, minhas amigas, de todo o Brasil, desculpem pela emoção, mas a nossa luta, a nossa garra, valeu a pena. Ficamos sabendo agora que o presidente da República Jair Messias Bolsonaro resolveu agir, e a partir de agora o Brasil está em estado de sítio. Desculpa”.
Recebi no WhatsApp. Os caminhoneiros todos em êxtase com um suposto Estado de sítio decretado pelo bolsonaro (??????)
— The Depreconomist #UsePFF2 (@DeprEconomist) September 9, 2021
O pior é a galerinha realmente acreditando e ainda comemorando (???????) pic.twitter.com/7r9Pysl3Cf
Conforme relatou a Folha de S. Paulo, “as cenas são de êxtase coletivo, mas pertencem a uma realidade paralela. Não houve estado de sítio no Brasil. Não só o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não decretou nenhuma excepcionalidade, como na noite desta quarta-feira ele pediu a aliados em áudio que viralizou que façam contato com caminhoneiros alinhados ao governo para liberar as rodovias bloqueadas depois dos protestos de raiz golpista do dia 7 de setembro”.