Goiânia cresce a olhos vistos em todas as áreas. De tamanho populacional à presença de comércios e serviços, é visível o rápido desenvolvimento da cidade ao longo dos anos. O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado, serve como parâmetro ao apontar que a concentração urbana da Grande Goiânia foi a que mais cresceu no país nos 12 anos anteriores ao levantamento.
A região teve um salto de 18,9% desde a última pesquisa, em 2010, representando um aumento de mais de 390 mil pessoas. No âmbito comercial, dados da Junta Comercial de Goiás (Juceg) mostram que a capital goiana saiu de 208.733 empresas em funcionamento, em 2018, para 309.056, em agosto de 2022. Foram mais de 100 mil CNPJs, representando um aumento de 48,06%.
Olhando os números com uma lupa, em direção aos bairros, o que se percebe é que o crescimento populacional está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico de uma região. Um dos que mais sentiu os efeitos desse crescimento foi o Setor Perim, na região Norte da capital. Antes um bairro estruturalmente carente, agora se destaca pela chegada de diversos comércios e serviços, após a implantação de residenciais que quase dobraram a sua população.
De acordo com o Censo de 2010, sua população era de 3.419 habitantes. Em processo contínuo de expansão, o setor historicamente enfrentou problemas significativos em relação à falta de esgoto adequado, à necessidade de ampliação de serviços de saúde, aos altos índices de criminalidade e à demanda crescente por novas linhas de ônibus para atender seus moradores.
Uma das iniciativas que ancorou o crescimento veio da MRV, empresa do grupo MRV&CO que, entregou dois empreendimentos, que levaram quase 900 famílias para o bairro - uma população aproximada de 3000 pessoas. Ou seja: vai dobrar a população local.
O Gran Vitta foi entregue em novembro de 2020 e recebeu 320 famílias. Logo depois, os dois primeiros módulos do Gran Valley foram entregues em novembro de 2021 para outras 120. A última etapa do residencial foi disponibilizada em dezembro do ano seguinte, com mais 432 apartamentos.
A chegada do residencial estimulou um círculo virtuoso no setor, atraindo outros investimentos. Vizinho a ele, está prestes a ser inaugurado um street mall com opções de alimentação, entretenimento, pet shop, salão de beleza e estética, academia de ginástica e lotérica, entre outros.
Síndico dos dois condomínios, Agnaldo Eterno dos Santos mora na região há 20 anos. Ele diz que a instalação dos prédios fez com que diversos estabelecimentos fossem atraídos para o Norte da cidade e até com que o poder público olhasse para a região com mais atenção, oferecendo melhorias na segurança e em infraestrutura com investimentos em pavimentação, iluminação pública e saneamento básico.
“Onde antes só havia lotes baldios, sem construção, hoje, em função da chegada dos empreendimentos da MRV, o comércio local aumentou significativamente para atender a essa população. É notável o progresso que a região teve”, comenta o síndico.
Outra área que viu avanços na região foi a da segurança pública. Com mais comércios e moradores, os frequentadores puderam perceber também o crescimento do policiamento. “Sempre que a gente demanda algo com a polícia, temos sido atendidos a contento”, diz Agnaldo. “O condomínio em si tem uma segurança maior porque conta com monitoramento por câmeras 24 horas por dia. Mas toda a região dos condomínios não tem histórico de roubos ou latrocínios, por exemplo”, explica.
Vale ressaltar que o crescimento dos serviços para o bairro trazem também uma valorização natural dos imóveis da região. De acordo com Agnaldo, de um lançamento na faixa de R$ 120 a R$ 140 mil, os apartamentos do Gran Valley e do Gran Vitta chegam a ser vendidos hoje entre R$ 200 e R$ 220 mil.