O Cemitério Parque, no Setor Gentil Meireles, vai passar por mais um Dia de Finados, comemorado em 2 de novembro, em meio a obras. A entrega da reforma foi prorrogada pela segunda vez em menos de um ano por conta de atrasos nas intervenções. O contrato firmado entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs) e a Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) tem valor de R$ 5,8 milhões.
Inicialmente, a obra seria entregue em abril deste ano, mês em que o contrato foi prorrogado até o final deste mês. Agora, a previsão é de que a reforma do cemitério seja concluída em até seis meses. Segundo a Comurg e a Sedhs, 65% das obras já foram concluídos. De acordo com a companhia, para a finalização dos serviços do cemitério ainda faltam 30% da construção do muro, prédio da administração e acabamento das salas de velório.
Como o jornal antecipou em abril, se a obra continuasse no mesmo ritmo em que estava na época, a previsão era de que o serviço ficasse pronto apenas em 2024. O contrato com a Sedhs foi um dos alvos de investigação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta pela Câmara Municipal para apurar supostas irregularidades na Comurg, a CEI da Comurg. A companhia recebeu adiantada uma parcela do valor pactuado, antes mesmo de começar os trabalhos.
As obras no cemitério começaram no final de outubro de 2022. A iniciativa se deu após o abandono do serviço por uma empresa privada contratada anteriormente. A reforma do muro se arrasta desde 2019, quando foi contratada uma empresa particular que largou a obra com 20% dela realizada apenas. A reportagem visitou o cemitério nesta segunda-feira (30) e apesar de as obras das calçadas ainda não estarem avançadas, toda a parte do fundo do cemitério já conta com um muro novo. No momento, os trabalhos se concentram na construção do muro na Rua São Domingos, onde fica a parte frontal do cemitério.
Efetivo
O contrato da reforma do cemitério prevê serviços de engenharia para reforma em geral e adequação elétrica, estrutural, hidráulica e arquitetônica do local. Trabalhadores da Comurg e do próprio cemitério afirmam que não faltam insumos e que há o comparecimento diário de trabalhadores na obra. Entretanto, um dos servidores da Comurg, que preferiu não se identificar, considera que o efetivo de trabalhadores poderia ser maior.
Segundo relatos de servidores à reportagem, atualmente, cerca de dez homens se dividem em duas frentes de trabalho: a edificação do muro, serviço considerado o mais trabalhoso e demorado, e outras ações como intervenções no prédio administrativo, nas salas de velório e na capela. Nesta segunda, os servidores estavam trabalhando no muro e pintando a capela.
Outros cemitérios
A limpeza periódica e a conservação dos quatro cemitérios municipais já integram o contrato de trabalho da Comurg. A conservação dos espaços construídos para guardar os túmulos é de responsabilidade dos familiares. Em outubro de 2022, quando a Comurg foi contratada para fazer a reforma do Cemitério Parque, a Sedhs sinalizou que planejava fazer o mesmo tipo de reforma mais ampla nos outros três cemitérios públicos. Questionada sobre o assunto, a pasta comunicou que “à época entendeu necessário apenas no Cemitério Parque”.
Finados
A Comurg também é a responsável pela limpeza e manutenção nos quatro cemitérios municipais nos dias que antecedem o feriado de Finados, comemorado nesta quinta-feira (2). A prioridade são os trabalhos de roçagem de mato, capina da grama, varrição, rastelação, remoção de lixo e a pintura dos meios-fios nas áreas internas e externas. As atividades ocorrem de forma simultânea no Cemitério Santana, no Setor dos Funcionários, no Cemitério Vale da Paz, na GO-020, saída para Bela Vista, no Cemitério Jardim da Saudade, no Setor Maísa, na saída para Trindade, e no Cemitério Parque.