O etanol está mais competitivo em relação à gasolina em Goiás, no Distrito Federal e mais quatro estados, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). No estudo, realizado entre 6 e 12 de agosto, o preço do litro da gasolina está 67,24% a cima do valor aplicado sobre o etanol em Goiás.
No estado, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Goiás (Sindiposto/GO), Márcio Andrade, a competitividade se dá em função da grande oferta do combustível, além da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A alíquota sobre o combustível em Goiás é de 17% sobre o preço médio aplicado.
Goiás é o segundo maior produtor de etanol do país. Nós temos muito combustível disponível. Um outro fator é o ICMS do etanol que é menor do que na maioria dos estados”, explicou.
Conforme a pesquisa da ANP, além de Goiás, é mais vantajoso abastecer o automóvel com etanol em Mato Grosso (69,48%), Mato Grosso do Sul (64,15), São Paulo (63,69%), Minas Gerais (68,33) e no Distrito Federal (68,33). Já nos outros estados a gasolina segue sendo a opção mais econômica.
Vale lembrar que, nesta terça (15), a Petrobras anunciou um reajuste de R$0,41 no litro da gasolina e R$0,78 no diesel. A alta começa a ser aplicada nesta quarta-feira (16), em todo o país.
Entretanto, segundo o presidente do Sindipostos-Go, em Goiás o que vai ocorrer é um “fim das promoções feitas durante o período de férias, quando a oferta de combustíveis estava maior que a demanda”. Com isso, o repasse ao consumidor final deve, de fato, ser aplicado, em setembro.
Nesta terça-feira (15), até às 16h, o etanol poderia ser encontrado por consumidores goianos por R$2,65 a R$ 4,02 na região metropolitana. Uma variação de quase 52 %.Já o menor preço do litro da gasolina foi encontrado a R$ 4,70 e o maior R$ 5,87. Uma diferença de 24,8%. A pesquisa de preços do foi realizada pelo Daqui, por meio do aplicativo Economia Online (EON), da Secretaria de Economia.
Política de preços e reajustes
Em maio deste ano, a Petrobras anunciou uma nova política de preços que determinava o fim da política de paridade de importação (PPI) — prática que ajustava o preço dos combustíveis com base na cotação do dólar e do petróleo no exterior. Com isso, os preços repassados pela estatal, também vão seguir as tendências do mercado nacional.