A pandemia do novo coronavírus desestabilizou por completo a vida de Cintia Akemi Ichikawa, de 26 anos. Em março, ela se mudou de Goiânia para São Paulo em busca de chances para evoluir nas carreiras de modelo, na qual atuava havia alguns anos, e de arquiteta, pois havia se formado. Os planos, porém, foram desfeitos com a chegada do isolamento social.

“Fiquei muito assustada, o cenário era bem caótico, passamos um mês em absoluta quarentena e o sentimento era de uma incerteza. Eu tinha medo por não estar do lado da minha família.”

Após mais de um mês isolada em São Paulo, Cintia conseguiu uma carona de carro para voltar em segurança para a casa dos pais, no interior. Foi lá que retomou uma atividade que havia aprendido aos 10 anos, com uma intercambista alemã: o macramê, uma técnica de tecelagem manual, que consiste no uso de nós para formar peças.

“De início foi mais um teste. Comecei a fazer com os materiais que tinha em casa. Assisti vários tutoriais na internet para relembrar a técnica, e deu certo”, recorda ela, que logo começou a fazer para amigos e familiares.

Deu tão certo, que Cintia tirou de letra seu primeiro painel feito com a técnica manual, com cerca de 70 cm de altura. Com isso, os pedidos foram aumentando e surgiu a ideia de migrar para as redes sociais para conseguir ganhar dinheiro com sua arte.

Para a jovem, o macramê passou de uma atividade terapêutica para fonte de renda. “Mesmo após a pandemia pretendo continuar. Tornou meu espaço criativo. Pelo perfil nas redes sociais eu posso falar sobre coisas que gosto. Dou dicas de arquitetura, decoração, bem-estar e reflexões”, diz.

QUADRO

O QUE FAZ: Macramê (técnica de tecelagem manual com uso de nós para formar peças).

PREÇOS: de R$ 30 a R$ 1.000 (dependendo do tamanho e do grau da dificuldade para elaborar a peça)

ONDE ENCONTRAR: instagram.com/ci.macrame

SITE: www.elo7.br/cimacrame

WHATSAPP: (62) 99621-7035