O ex-presidente do Iporá Esporte Clube, Tiago Dantas, é investigado pela Polícia Federal (PF) como suspeito de integrar uma quadrilha envolvida no tráfico de drogas. Ele, que se apresenta nas redes sociais como empresário e agricultor, também estaria ligado à milícia do Rio de Janeiro. A notícía foi exibida no Fantástico de domingo (20).
Os criminosos, segundo a PF, estariam em pelo menos oito estados: Goiás, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Pará, Roraima e Pará. O ex-presidente do Iporá, que está foragido, é suspeito de enviar cocaína para traficantes do Triângulo Mineiro.
De acordo com as investigações, o grupo no qual o ex-dirigente estaria envolvido, ameaçava as empresas de transporte a contratar o serviço de escoltar a mercadoria, caso contrário, elas "correriam o risco de serem roubadas".
Segundo a reportagem, quase 3 mil cargas teriam sido levadas por criminosos no Rio de Janeiro até setembro de 2022. A polícia estima que o grupo tenha movimentado mais de R$ 1 bilhão.
Tiago, mas conhecido como G10, tomou posse como presidente do Iporá em dezembro de 2021, quando o ex-presidente João Francisco renunciou ao cargo. Tiago ficou no comando do clube até o final do Campeonato Goiano, quando o time perdeu na semifinal para o Goiás.
A polícia apontou, nas investigações, que Tiago teve uma ascensão financeira após o ano de 2008, quando ele teria iniciado no tráfico de drogas, já que anterior a isso ele trabalhava como padeiro. Somente entre o ano de 2019 e 2021, o ex-dirigente teria movimentado mais de R$ 50 milhões.
Ao Fantástico, o advogado de Tiago, Ramon Cândido, afirmou que o cliente é inocente e justifica os gastos e os bens do ex-dirigente como vindos do trabalho no agronegócio. A reportagem entrou em contato com a PF e aguarda posicionamento.