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Fabrício Rosa é nomeado para equipe de transição do governo Lula

Divulgação
A nomeação saiu em portaria do Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (1ª)

O policial rodoviário federal Fabrício Rosa, que foi candidato a deputado estadual de Goiás pelo PT, foi nomeado para integrar a equipe de transição do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A nomeação saiu em portaria do Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira (1ª). Ele integra o grupo técnico de Justiça e Segurança Pública.

De Goiás, também estão na equipe a deputada estadual e federal eleita Adriana Accorsi (PT), a vereadora de Goiânia Aava Santiago (PSDB), o ex-secretário estadual de Saúde e deputado federal eleito Ismael Alexandrino (PSD), a coordenadora nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), Ieda Leal, a jornalista Nádia Garcia, a médica Ludhmila Hajjar e a psicóloga Maria Luiza Moura. 

Rosa afirma que a sua indicação para a equipe se dá por sua atuação, junto a outros agentes, por um campo mais progressistas nas polícias. "Existe um grupo de policiais que militam em partidos de esquerda, alguns são fundadores de partidos, policiais que atuam em movimentos sociais e que são críticos ao modelo bolsonarista de segurança pública", conta.

Segundo ele, esse grupo discute há algum tempo um diagnóstico do cenário na segurança pública brasileira. "Sobretudo para construir um programa do que nós deveríamos aplicar na PRF, valorizando o enfrentamento aos crimes ambientais, já que nós tivemos uma crise climática, aos crimes contra crianças e adolescentes, às mulheres, idosos, que foram abandonados nessa última gestão", detalha.

O policial conta que esse grupo já vinha se articulando com parlamentares, sindicalistas, lideranças da segurança pública e pesquisadores da área. "É uma mobilização coletiva, não é individual do Fabrício, que faz com que nosso nome saia nessa lista", diz. Rosa afirma que luta também para que policiais do campo progressista sejam ouvidos nesse processo de transição. "Para que a gente possa enfrentar o bolsonarismo dentro das corporações", explica.

Na equipe, o policial conta que já contribuía informalmente com relatórios e encaminhando informações. "Agora formalizou essa participação", diz. Rosa também afirma que a conversa que envolve a sua possível nomeação para diretor-geral da PRF continua de pé, nesse intuito de que o governo ouça o campo progressista dos policiais.

Rosa atua na segurança pública há 22 anos. É oficial da reserva da Polícia Militar de Goiás e ingressou na PRF-GO dois anos depois de entrar na PM-GO. Na corporação federal, foi corregedor regional, chefe de gabinete do superintendente, chefe do núcleo de apoio jurídico, chefe substituto do núcleo de comunicação e chefe da central de comando e controle.

Em Brasília, foi chefe nacional da Divisão de Concursos e presidente nacional da Comissão de Direitos Humanos e da Comissão de Ética. Ao longo de sua experiência na PRF foi instrutor das disciplinas "Sociedade Estado e Polícia" e "Direitos Humanos", sendo idealizador de projetos como "Policiais Contra o Câncer Infantil", "Doação de Uniformes Antigos", "Teatro nas Estradas", dentre outros.

Ele é formado em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), pós-graduado em Direito Público, mestre em Direitos Humanos e doutorando em Direitos Humanos pela mesma universidade. Também é membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Diretor da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTQIA+.

Na política, foi candidato a senador em 2018, depois a vereador de Goiânia em 2020, ambos pelo PSOL. Já em 2022, disputou para deputado estadual pelo PT e conseguiu a suplência.

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