Uma mulher é investigada por fingir ser esteticista, realizar procedimentos e receitar medicamentos de uso controlado para pacientes, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil (PC), Karina Jessica Gomes Souza, de 34 anos, atuava em quatro estabelecimentos na capital, dois deles foram interditados após cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (22).
O delegado Wellington Lemos informou que sete vítimas já procuraram a polícia, sendo que duas apresentaram laudo médico que comprovam as lesões causadas pelos procedimentos feitos pela mulher, que tem apenas o ensino médio, mas fingia ser esteticista e, em alguns casos, biomédica.
"Ela adulterou, falsificou e usava esse documento falso que habilitava ela como graduada em estética e pós-graduada nesta área. E com isso, ela atuava ilegalmente nesta profissão”, relatou o delegado.
Ainda conforme o investigador, todas as vítimas realizaram procedimentos estéticos faciais como preenchimentos labiais, correção de bigode chinês, olheiras, entre outros. Além disso, quando as vítimas a procuravam relatando que os procedimentos teriam dado errado, Karina receitava remédios,“por escrito ou verbalmente, via mensagem, para que essas vítimas tomassem medicações até mesmo de uso controlado”, contou Lemos.
Ainda conforme o delegado, as vítimas relataram “inchaços, edemas, perda de sensibilidade, deformação temporária e muita dor.”
Lemos ainda contou que Karina chegou a realizar um procedimento nela mesma e, assim como nas vítimas, também teria dado errado.
O delegado também relatou que durante o mandado de busca e apreensão, na casa da falsa esteticista, os investigadores encontraram as substâncias, anestésicos e seringas, supostamente, usadas nas aplicações. Além de fichas de anamnese, com dados de possíveis 180 pessoas atendidas nos últimos três anos.
Como as investigações ainda estão em estágio inicial, a falsa esteticista não foi presa. Caso condenada, Karina Jessica Gomes Souza deve responder por exercício ilegal da profissão, lesão corporal e exercício ilegal da medicina.
"A divulgação da imagem e identificação da investigada pela Polícia Civil visa o interesse público, com vistas a se alcançar novas vítimas e/ou testemunhas. A autorização foi realizada em despacho pela Autoridade Policial", destacou a PC.
A reportagem não conseguiu contato com a investigada e também não localizou a defesa até a última atualização deste texto.