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Falsa esteticista teria atendido ao menos 180 pacientes em Goiânia, diz polícia

Divulgação/ Polícia Civil
Karina Jessica Gomes Souza, de 34 anos, atendia como esteticista a cerca de três anos

Uma mulher que fingia ser esteticista é investigada por realizar procedimentos estéticos faciais em cerca de 180 pessoas, em Goiânia. De acordo com o delegado Wellington Lemos, as fichas desses possíveis pacientes foram encontradas na casa dela durante cumprimento de mandado de busca e apreensão nesta terça-feira (22).

Lemos contou que as investigações começaram a cerca de um mês, após uma mulher, que foi atendida pela falsa esteticista, Karina Jessica Gomes Souza, de 34 anos, em uma clínica localizada no Setor Bueno, procurar a delegacia. A vítima relatava dores e outras complicações. Dias depois, outras seis vítimas surgiram. 

Ainda conforme o delegado, todas as sete realizaram algum tipo de preenchimento estético facial com a utilização de ácido hialurônico, entretanto, nenhuma delas viram o frasco em que estava armazenada a substância.  Duas mulheres já apresentaram laudos médicos que comprovam as lesões. 

Ao delegado as mulheres informaram terem tido “inchaços, edemas, perda de sensibilidade, deformação temporária e muita dor.” Além disso, quando disseram que quando procuravam Karina informando dos efeitos adversos, ela as  receitava remédios,“por escrito ou verbalmente, via mensagem, para que essas vítimas tomassem medicações até mesmo de uso controlado”, contou Lemos.

Karina, que tem apenas o ensino médio, dizia ser esteticista e, em alguns casos, biomédica. Para comprovar o álibi, ela apresentava diplomas falsos. "Ela adulterou, falsificou e usava esse documento falso que habilitava ela como graduada em estética e pós-graduada nesta área. E com isso, ela atuava ilegalmente nesta profissão”, relatou o delegado. 

Lemos ainda informou que a investigada realizava os procedimentos em quatro clínicas localizadas na capital. Duas delas foram interditadas após fiscalização da Vigilância Sanitária realizada na manhã desta terça-feira (23). Entretanto, o investigador afirma que os estabelecimentos não tinham um vínculo direto com os estabelecimentos. “Ela apenas sublocava uma sala nos locais, por um determinado período, para realizar os atendimentos”, explicou. 

Apesar disso, as clínicas foram alvos de busca e apreensão “para identificar se nelas trabalhavam outras pessoas nas mesmas condições que a investigada”, sem formação. 

Os mandados também foram cumpridos na casa de Karina. Lá, os policiais encontraram as fichas de anamnese, de ao menos 180 pessoas que teriam sido atendidas por ela. Além de dois falsos diplomas de graduação e pós graduação em estética, que a mulher teria afirmado para o delegado, ela mesma teria falsificado. Os agentes também localizaram substâncias como anestésicos e seringas, que supostamente, seriam usadas em futuras aplicações.

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