O comerciante Renato Fernandes Bueno Valim, de 36 anos, tinha uma vida normal até abril, quando contraiu a Covid-19 e precisou ser internado no Hospital de Campanha de Aparecida de Goiânia. Durante sua internação ele sofreu uma parada cardíaca e devido a uma lesão no cérebro, ficou tetraplégico.
“Quando Renato teve alta, a esposa se mudou com ele e as filhas para a Itauçu, onde ambos têm família e poderia formar uma rede de apoio nos cuidados com ele. Além disso, o aluguel aqui é mais barato que em Goiânia”, conta a professora Thays Taynara de Sousa, de 26 anos, que é cunhada de Ana Maria Silva, mulher de Renato.
Ao longo de três meses de internação ele contraiu a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), popularmente conhecida como superbactéria. Para trata-la, Renato foi internado no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr Henrique Santillo (Crer).
Na unidade, os médicos constataram que a bactéria segue em seu organismo, mas está colonizada, ou seja, não faz mal ao paciente. No entanto, ele pode transmiti-la a outras pessoas com baixa imunidade, por isso, não pode voltar a ser internado.
“Os médicos dizem que em algum momento a superbactéria será eliminada pelo organismo dele, mas não há um prazo para isso, pode levar até um ano e meio. Quando ele internou para trata-la teve que ficar isolado, por isso ele precisa fazer todo o tratamento em casa”, explica Thays.
Tratamento
De acordo com a professora, Renato faz fisioterapia diariamente em casa, uma hora por dia. A fisioterapeuta foi obtida junto a prefeitura da cidade para realizar o tratamento durante a semana, mas a família conseguiu arcar para ela ir também aos finais de semana.
Com o poder municipal, a família de Renato conseguiu uma fonoaudióloga, que vai um dia na semana. Nos outros quatros uma profissional particular atende o paciente. Além dos custos com os profissionais, também é preciso comprar remédios, fraldas, alimentação por sonda, entre outras necessidades.
Quando morava em Goiânia, Renato era proprietário da copiadora Big Brother, localizada em frente à Universidade Salgado Filho (Universo). Atualmente, uma sobrinha cuida do negócio, para ajudar a família a seguir com alguma renda.
Vakinha
No entanto, os gastos são muitos e foi então que Thays Taynara fez uma vakinha virtual em agosto, para auxiliar Ana e Renato. “Quando vi as reais necessidades, primeiro eu criei a página @juntospelorenato no Instagram. Depois fiz a arrecadação virtual, pois os gastos eram muitos. Conseguimos R$ 18 mil que pagaram as contas e ainda segue sendo usado”, conta.
Contudo, a casa que o casal mora é pequena e não comporta as necessidades para o tratamento de Renato e esse mês uma nova vakinha virtual foi aberta pela família. “A fisioterapeuta pediu um tablado para realizar as atividades com ele e na casa alugada não há espaço. Além disso, o banheiro precisa ser adaptado para entrar com a cadeira de rodas, entre outras necessidades”, aponta a cunhada.
“A família precisa de uma casa adaptada, pois não se sabe quando o Renato voltará a andar e falar, os médicos não tem perspectiva dele voltar a ter uma vida normal. Por isso, é preciso de um lugar que atenda suas necessidades e que dê condições dele ter uma melhor recuperação e com qualidade de vida. A família não pode perder a esperança”, destaca Thays.
Para adquirir uma casa com espaço em Itauçu, a 90 km de Goiânia, e adaptá-la às necessidades do tratamento de Renato, evitando novas internações em razão da superbactéria, a família calculou o valor da nova campanha virtual em R$ 220 mil. Que quiser ajudar pode acessar a vakinha virtual clicando aqui. A rotina de cuidados com ele pode ser acompanhada pelo instagram @juntospelorenato.