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Fazenda que foi usada como cativeiro para tráfico de mulheres vai virar assentamento, diz MST

Reprodução/Incra
Fazenda São Lukas, em Hidrolândia

Uma propriedade rural na região de Hidrolândia, que havia sido expropriada por conta de seu uso em um esquema de tráfico internacional de mulheres, está em processo para se tornar um assentamento para famílias sem terra. A informação é do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que chegou a ocupar o local em março deste ano. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) confirmou o andamento do processo de reforma agrária na propriedade, e a expropriação em decorrência de crimes cometidos pelos proprietários.

A reportagem, Gilvan Rodrigues, militante do MST, contou que o movimento ocupou a Fazenda São Lukas desde o princípio “no intuito de conquistar ela para assentamento de reforma agrária”.

A ocupação mencionada por Rodrigues ocorreu no dia 25 de março, quando mais de 600 famílias entraram na propriedade rural. No entanto, as famílias deixaram o local já no dia seguinte.

“Logo após a ocupação, o MST de Goiás foi a Brasília em uma reunião com o Incra Nacional e a SPU [Secretaria de Patrimônio da União] para tratar do repasse da fazenda para o Incra”, detalhou Rodrigues.

Em nota enviada à reportagem, o Incra confirmou que está em elaboração um “projeto de utilização do imóvel”. O documento, quando finalizado, seguirá para o Incra Sede, que fará o cadastro no sistema específico da SPU.

“Após este cadastro, a SPU pode legalmente transferir o imóvel para a responsabilidade do Incra. Esperamos novidade neste trâmite de transmissão do imóvel da responsabilidade da SPU para o Incra Goiás nos próximos meses”, concluiu.

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