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Goiás já registra 87 casos e 12 óbitos por H1N1 em 2023

Wesley Costa
Em 2023, Goiás tem a meta de vacinar 90% da população do estado contra o H1N1

Goiás já registra 87 casos de Influenza A (H1N1) em 2023. É o maior número de notificações da doença nos últimos quatro anos, de acordo com o Boletim da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), monitorado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO). Em 2020, foram registrados 26 casos; em 2021, apenas um; e em 2022, cinco.

A maior incidência de casos ocorre na população acima de 60 anos, além daqueles na casa dos 30 e 50 anos. Com respeito às comorbidades, os fatores que mais colaboraram para o aumento das infecções são as doenças cardiovasculares, diabetes e asma.

O número de óbitos também é o maior desde 2020. Foram registradas 12 mortes em Goiás pelo subtipo H1N1 em 2023, com incidência maior em pessoas na faixa etária de 50 a 59 anos e acima dos 60, e com doenças cardiovasculares. Em 2020, houveram cinco falecimentos; em 2021, nenhum; e em 2022, foram confirmados três óbitos.

Nesta segunda-feira (12), um menino de quatro anos de Jaraguá faleceu no Hospital Sagrado Coração de Jesus, em Nerópolis, com suspeita de H1N1. Os pais da criança alegam negligência médica por parte dos profissionais do Hospital Estadual de Jaraguá (HEJA), que o atendeu no sábado (10), levando à abertura de um procedimento preliminar pela Polícia Civil para investigar a morte.

A SES-GO, gestora do HEJA, afirma que toda a assistência e suporte necessário para a gravidade do caso foram prestadas.

Vacinação

Em 2023, Goiás tem a meta de vacinar 90% da população do estado contra o H1N1. Porém, de acordo com a gerente de imunização da SES-GO, Joice Dorneles, a cobertura vacinal alcançou pouco mais da metade deste objetivo, com 50,76% dos goianos vacinados até agora.

“A campanha de vacinação contra a Influenza ainda está em vigência, e as vacinas ainda se encontram disponíveis nos postos. Todas as pessoas que quiserem se proteger contra a gripe podem fazê-lo, porque as doses ainda estão em estoque”, afirma.

O imunizante estimula a proteção contra três cepas da doença: A-H1N1, A-H2N3 e B, e segundo Joice, possui uma eficácia de 80%.

A especialista chama atenção ainda para o período de frio que se aproxima. “O fator climático eleva o número de casos para todos os tipos de vírus, já que há uma pré-disposição para uma maior circulação deles”, alerta.

A partir desta terça-feira (13), uma frente fria que promete impactar a região Sudeste do Brasil, também poderá refletir no Centro-Oeste no final de semana.

Joice afirma que o grupo prioritário que possui menor cobertura vacinal é o que comporta crianças de 6 meses a 6 anos de idade. De acordo com o Ministério da Saúde, a população-alvo deste grupo a ser imunizada no estado contabiliza 554.542 habitantes; porém, apenas cerca de 223 mil doses foram aplicadas.

“Os pais precisam se vacinar, e principalmente, precisam vacinar seus filhos também. É importante, é gratuito, e é o método mais eficaz para se proteger da gripe”, recomenda a especialista da SES-GO.

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