A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou nesta segunda-feira (15) os dois primeiros casos de varíola dos macacos em mulheres, em Goiás. Em apenas três dias, Goiás saltou de 60 para 116 casos confirmados de varíola dos macacos, conforme o último boletim Informe Monkeypox. Somente neste final de semana, a pasta confirmou 56 novos registros da doença.
Segundo o secretário estadual de saúde, Sandro Rogério Rodrigues, o salto é reflexo dos exames represados devido ao final de semana. “A gente teve uma atualização agora e tínhamos alguns exames represados. A gente não tem o boletim no final de semana, por isso o número sobe um pouco mais”, explicou.
O secretário também destacou que dos 116 novos casos confirmados, dois são em mulheres, o que ele chama de “um novo achado entre os dados”. A maioria dos casos ainda são em homens de 20 a 47 anos. No total, Goiás tem 209 notificações aguardando o resultado dos exames.
Os destaques da lista são para Goiânia, que é responsável por 49 novos casos, Aparecida com 6 novos registros e Cidade Ocidental com mais um paciente com a varíola dos macacos. Até a última sexta-feira (12) esses três municípios tinham, respectivamente, 46, 7 e 1 caso confirmados da doença.
Os demais municípios com casos confirmados são Águas Lindas de Goiás, Inhumas, Itaberaí e Luziânia, todos com apenas um paciente, e Valparaíso de Goiás com dois registros de Monkeypox. Apenas Chapadão do Céu, Jaraguá, Mineiros e Rio Verde não notificaram casos suspeitos de varíola dos macacos.
O que é a monkeypox
A monkeypox pertence ao mesmo vírus da família varíola (poxviridae). De acordo com a SES, ela é transmitida de pessoa a pessoa e não tem relação com macacos.
Os principais sintomas são: ínguas (caroços) no pescoço, axilas e/ou virilhas; febre e calafrios; dor de cabeça; dores musculares e/ou nas costas; cansaço e lesões na pele do tipo feridas, principalmente na face, mãos, tórax, pernas e pés.
As lesões são semelhantes a espinhas, bolhas ou vesículas e crostas. Há casos também de lesões nas mucosas (boca, genitais e ânus).
Segundo a SES, foram realizadas três grandes capacitações dirigidas a profissionais de saúde da rede pública e privada, para repassar os protocolos relativos ao manejo clínico, diagnóstico e conduta terapêutica, além das medidas de prevenção e controle.
Como se proteger
Qualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém com sintomas da monkeypox ou com um animal infectado corre risco de infecção. O vírus é transmitido por contato com as lesões na pele, secreções respiratórias, contatos íntimos ou por objetos contaminados.
Para se proteger, lave sempre as mãos e use álcool em gel, evite contatos próximos com pessoas com suspeita da doença; evite contato íntimo (beijos, abraços e contato com a pele com pessoas que apresentem as feridas); use máscara em ambientes fechados e não compartilhe objetos de uso pessoal, tais quais toalhas, roupas de cama e outros.