Geral

Goiás tem 5,1 milhões de pessoas aptas a votar

Diomício Gomes
Eleitor vota em Goiânia, que conta com 1 milhão de eleitores em 2024, aumento de 6% em relação a 2020

Goiás registrou aumento de 11% na quantidade de eleitores em 2024 na comparação com o último pleito municipal, em 2020. O estado saiu de 4,6 milhões de pessoas aptas a votar para 5,1 milhões neste ano. A trajetória de crescimento também é verificada nos números de anos anteriores, Goiás tinha 4,4 milhões de eleitores em 2016 e 4,2 milhões em 2012. As mulheres continuam sendo a maior parte do eleitorado goiano, 52% (mesmo porcentual de 2020). Os dados foram divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o TSE, a faixa etária com mais eleitores no estado é a de 45 a 59 anos, com 1,3 milhão. Os segmentos de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos registraram, cada, 1 milhão de eleitores. As pessoas aptas a votar com 16 e 17 anos - faixa em que participar da eleição é facultativo - somam 57,2 mil. O registro do voto também é opcional para maiores de 70 anos, que são 330 mil.

Os dados do TSE também mostram que o principal grau de instrução dos eleitores goianos é ensino médio completo, com 28,7%, porcentual que representa 1,4 milhão de pessoas. Na lista, os eleitores com ensino fundamental incompleto aparecem em seguida e representam 21,6%. Na sequência estão aqueles com ensino médio incompleto (17,15%) e superior completo (11,56%).

Em Goiânia, são 1 milhão de eleitores em 2024, aumento de 6% em relação a 2020. De forma semelhante ao que apontam os dados de Goiás, a quantidade tem aumentado na comparação entre os números das últimas três eleições municipais. A marca de 1 milhão já havia sido alcançada no pleito geral de 2022. Na capital, o porcentual de mulheres é de 55%, maior que em Goiás.

Análise

Cientista político, professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e membro do Observatório das Metrópoles, Pedro Pietrafesa aponta que o crescimento do eleitorado goiano está ligado à dinâmica demográfica, com aumento da quantidade de pessoas com idade para votar.

Pietrafesa explica que, em parte, os dados da Justiça Eleitoral (como os números relacionados à escolaridade) devem ser vistos com cautela, já que não são atualizados de forma periódica. Mesmo com a ressalva, o professor avalia que conhecer os principais dados sobre o eleitoral é importante para criar estratégias de comunicação e definir a linguagem que será usada nas campanhas de TV, rádio e internet.

Para a doutora em Ciência Política e professora na Universidade Federal de Goiás (UFG) Camila Romero, embora os dados do TSE sejam importantes, os candidatos precisam ainda ter seus próprios levantamentos (com informações sobre renda, posicionamento político e religião, por exemplo) para definir medidas ligadas à campanha. Romero também aponta que os dados demográficos normalmente não indicam necessariamente em quem o eleitor irá votar.

“O fato de ser mulher não é um preditivo de votar em candidatas mulheres. O fato de ser jovem ou de ser mais idoso também não é preditivo para votar em candidatos mais jovens ou com mais idade. O seu nível de escolaridade também não é um preditivo de voto, embora possa eventualmente ter algum impacto, mas não é preditivo. Não pode generalizar”, afirma Romero.

Nacional

O levantamento do TSE também mostra que o Brasil tem 155 milhões de eleitores, número que representa aumento de 5,4% em relação às pessoas que estavam aptas a votar em 2020.

Os dados foram divulgados no site do TSE acompanhados de declaração da presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia. No texto, a ministra destacou que o resultado da sistematização do cadastramento eleitoral foi feito no período estabelecido por lei “para que o exercício da democracia representativa tenha o grau maior de confiança da eleitora e do eleitor”.

A presidente também disse que o eleitor escolherá seus representantes “de forma segura e tranquila, ciente de que o seu voto é livre e jamais deve ser maculado”. “O que nele se contiver será apurado e o que for apurado será proclamado como resultado de sua escolha única e comprometida com o destino do presente e das gerações futuras”, disse a ministra.

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