Três pessoas foram presas suspeitas de causar prejuízo de mais de R$ 200 mil a 10 vítimas, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o grupo prometia acelerar a contemplação de uma carta de crédito para financiamento da casa própria. Os alvos eram pessoas de baixa renda.
As prisões aconteceram na terça-feira (2). Os três suspeitos foram identificados como Eloísa da Silva Ceccon, Ayla Tamires Soares Cruz e Lucas Gabriel Uliano (fotos acima).
O Daqui não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos e nem da empresa até a última atualização desta matéria. A Polícia Civil autorizou a divulgação de nome e imagem dos investigados.
As investigações começaram no início de abril deste ano. De acordo com as investigações, eles tinham uma empresa chamada Larconnex Representações Financeiras, com sede no Setor Oeste, bairro nobre de Goiânia. Além disso, outros CNPJs eram utilizados para induzir os consumidores ao erro.
Os três saíram de Goiás durante as investigações, segundo a Polícia Civil, mas foram localizados e presos em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e em Cuiabá, no Mato Grosso. No total, foram cumpridos três mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão em Goiás e nos outros dois estados.
Como funcionava o golpe
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Débora Melo, a pessoa era atraída por um anúncio de um imóvel específico, mas depois era iludida a assinar um contrato de consórcio, sem saber como funcionava.
"Porque no consórcio, você precisa dar um lance, ser contemplado ou ser sorteado, não é uma coisa rápida, imediata. E essas pessoas achavam que obteriam o valor da carta de crédito para comprar o imóvel em uma semana, em dois meses. E são pessoas muito humildes. Diaristas, cozinheiros, que juntam R$ 15 mil ou R$ 20 mil durante uma vida toda e ficam com esse prejuízo”, explicou a investigadora em entrevista à TV Anhanguera.
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) ouviu dez vítimas e identificou que o grupo tinha recém se instalado em Goiânia, mas aplicava golpes no estado do Mato Grosso pelo menos desde o ano de 2019.
Para quem foi vítima e assinou um contrato de consórcio sem saber como funcionava, a Polícia Civil orienta que procure a Delegacia do Consumidor e registre uma ocorrência. É importante levar toda a documentação, para solicitar o ressarcimento e responsabilizar as pessoas que praticaram o golpe.