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Greve dos servidores da Educação de Goiânia completa um mês; entenda impasse

O Popular
Assembleia dos servidores da Educação em Goiânia

A greve dos servidores administrativos da rede municipal de educação em Goiânia completa um mês, nesta quinta-feira (2). A categoria reivindica melhores condições de trabalho, aumento do valor de auxílio locomoção e um plano de carreira atualizado. A paralisação, segundo o poder público, conta com a participação de 1.241 funcionários em 148 unidades de ensino.

Vale lembrar que os servidores decidiram pela greve um ano e meio após a promessa do Paço de atualizar o plano de carreira da categoria, que é de 2011, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Estado de Goiás (Sintego). Segundo o documento, um agente de apoio educacional do Nível I, no início da carreira, recebe R$ 1.359,02 por 30 horas semanais trabalhadas, valor está sujeito a variação por causa do desconto da previdência.

Discusão
Na última terça-feira (31), membros da administração pública e representantes dos grevistas, como o Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Estado de Goiás (Sintego), chegaram a discutir propostas, feita pela Prefeitura, de aumentar o auxílio locomoção de R$ 300 para R$ 500, discutir o plano de carreira da categoria a partir de 12 de dezembro, após a conclusão do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) 2023 - quando o município terá acesso aos índices inflacionários do ano - e pagamento da data-base 2023 com início em dezembro, com retroativo desde setembro. 

Sem acordo, a categoria votou pela continuidade da greve, pelo menos até a próxima segunda-feira (6), quando haverá uma nova discussão. No site oficial do sindicato, Bia de Lima, presidente do Sintego, afirma que as propostas discutidas “não contemplam as reivindicações apresentadas", escreveu.

Já a Prefeitura alega não ter condições de atender às reivindicações dos grevistas em função da legislação fiscal e ao equilíbrio das contas públicas. Com isso, horas após a reunião com o Sintego, voltou a recorrer à Justiça para colocar um fim à paralisação. A medida foi um  recurso contra a decisão do dia 26 de outubro do desembargador Fernando Braga Viggiano, da 3ª Câmara Cível, que não acatou o pedido inicial do Paço Municipal, feito três dias antes.

A reportagem questionou a Secretaria Municipal de Educação (SME) sobre a decisão judicial e as demandas dos trabalhadores, mas ainda não obteve retorno.

Consequências
A greve tem afetado o funcionamento de algumas unidades de ensino da capital. Alguns Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) estão com algumas turmas funcionando somente em um turno, por conta da ausência dos servidores administrativos da Educação.

Reportagem publicada em 2 de outubro, primeiro dia da greve, revelou a presença de servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desempenhando funções ligadas à limpeza e preparação de merendas em unidades de ensino da rede. Na ocasião, o Sintego afirmou que a ação do poder público fere o direito de greve e a Prefeitura argumentou que era necessário assegurar “garantia do direito essencial à educação”.

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