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Grupo é preso suspeito de aplicar golpes em 300 pessoas com venda de veículos usados em Aparecida

Reprodução/PC
Fachada de algumas das empresas do grupo. Segundo a polícia, foram abertas ao menos oito empresas desde 2019

Cinco pessoas foram presas suspeitas de aplicar golpes com vendas de carros usados, em Aparecida de Goiânia. Segundo a polícia, o grupo abriu pelo menos oito empresas que ofertavam carros a preços acessíveis e linhas de crédito facilitadas. No entanto, após o pagamento da entrada, os clientes não recebiam o veículo. Mais de 300 ocorrências deste golpe foram registradas na Polícia Civil (PC), que estima um prejuízo total de 1 milhão de reais. 

As empresas do grupo fechavam poucos meses após a abertura, mas tinham sede física com fachadas e logo. Em três anos de atuação, as empresas foram: Conquiste Crédito Para Quem Acredita, Agilize Motors, Solution Motors, Realize, Aceleraa, Vianna Veículos, Giro Veículos, e Stop Car Multimarcas. Os cinco presos se alternavam como sócios-administradores das empresas. A primeira delas abriu em novembro de 2019 e a mais recente, em fevereiro deste ano.

Segundo o delegado, a investigação chegou ao grupo após uma onda recente de denúncias à Giro Veículos, aberta em novembro de 2023. Quase 50 ocorrências foram localizadas somente à esta loja. Na fachada do local, chegam a pixar: “Ladrão”; “Queremos nosso dinheiro”; e “Máfia de corruptos”. 

O Daqui procurou a defesa dos cinco presos, mas quatro não foram identificadas até a última atualização desta matéria. O advogado localizado disse que não vai se pronunciar sobre o caso. O espaço continua aberto para manifestação. 

Como o grupo operava

O grupo agia sempre da mesma forma. Após a abertura da empresa, os ‘clientes’ eram atraídos por anúncios em redes sociais e aplicativos de mensagens, segundo a PC. Vendedores fictícios - que nunca estavam na loja - os atendiam e solicitavam que as vítimas comparecessem às lojas, onde eram atendidos pelos suspeitos. Depois de escolherem um carro, deveriam pagar uma entrada entre 5 e 10 mil reais.

De acordo com a PC, os suspeitos recebiam a entrada e diziam que o financiamento seria aprovado em alguns dias. Somente depois o veículo seria entregue, mas mesmo os prazos estourarem, os clientes não recebiam os carros. Segundo o delegado do caso, Thiago César de Oliveira, o grupo inclusive vendia o mesmo carro para diferentes clientes, e inventava desculpas para tentar justificar os atrasos na entrega.

Prisão e sequestro de bens

Cinco suspeitos foram presos temporariamente, nesta terça-feira (2). Além disso, foram sequestrados pela polícia três veículos, sendo um deles de luxo, e um apartamento no Setor Parque Amazônia, em Goiânia. Segundo a PC, o intuito do sequestro dos veículos é ressarcir, ao menos em parte, as vítimas do grupo. 

Segundo o delegado, além dos presos, outras quatro pessoas estão envolvidas e devem ser localizadas. Por isso, o caso continua em investigação. Os presos devem responder por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica.

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