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Homem de 31 anos é a primeira morte por dengue em Goiás em 2024, diz SES

Reprodução

A primeira morte por dengue em 2024 foi confirmada nesta quinta-feira (1º) pela Secretária de Estado de Saúde (SES). A vítima, um homem de 31 anos, morreu em Uruaçu no dia 5 de janeiro. Ainda conforme a pasta, existem mais 31 óbitos por dengue em investigação. Segundo o secretário de Saúde Rasível dos Reis, Goiás está em situação de emergência.

"A gente considera que toda morte por dengue é uma morte evitável", disse o secretário sobre a crescente dos casos graves de dengue.

Rasível, em coletiva de imprensa, explicou que Goiás está passando por uma inversão sorológica, o que significa que o tipo de vírus da dengue em ascensão está mudando. No momento, há um aumento de casos do sorotipo 2, segundo o secretário. “Isso piora o quadro porque a população está mais suscetível ao sorotipo 2, que está mais relacionado com gravidade", disse.

Por conta dessa mudança da virulência, o foco de risco também mudou. Antes o risco de gravidade e óbito era em idosos, agora, é em adolescentes, crianças e bebês, explicou a superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi.

Em 2024, foram confirmados 11.643 casos de dengue em Goiás, segundo os indicadores da SES. Houve um aumento do número de casos nas últimas três semanas, principalmente na Região Sudoeste do estado, de acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim.

Combate

A SES e a Defesa Civil trabalham em força-tarefa para conter o Aedes aegypti - mosquito que transmite dengue, Chikungunya, febre amarela e outras doenças. “Precisamos reforçar nossas ações de controle desse vetor. Dessa forma, a gente consegue reduzir a infestação e a infecção", disse Flúvia Amorim.

O alerta é para a população, já que o foco da proliferação do Aedes está, principalmente, nas residências. "Chamando a população para que se faça a inspeção em seu domicílio uma vez por semana, o que é fundamental. O mosquito Aedes está dentro das nossas residências", disse o comandante de Operações da Defesa Civil, Pedro Carlos Borges.

"A responsabilidade é compartilhada: tem a parte que é do cidadão e tem a parte que é do poder público", explicou Flúvia Amorim. Já Pedro Carlos alertou que "esse mosquito evoluiu. Ele prolifera em água parada, e com esse tempo quente e úmido, está proliferando mais ainda".

Segundo o secretário de Saúde, os municípios foram incentivados a montar Gabinetes de Crise para conter a dengue. O objetivo é relatar ao governo estadual a situação dos municípios, com relatórios de cada hospital e UPA sobre os funcionários, o gasto de insumos, a taxa de ocupação de leitos, transferências e óbitos. Segundo Amanda Limongi, a média é de 15 solicitações de internação por dia, de média e alta complexidade.

Vacina

Sobre a possibilidade de vacinação contra a dengue, o secretário de Saúde, Rasível dos Reis, explicou que as doses não são suficientes para conter uma crise. “É uma iniciativa promissora para médio e longo prazo, mas, para este ano, a gente tem poucas doses, vai ter pouco efeito na questão da epidemia”, disse.

"Já foi definido pelo Ministério da Saúde que são 134 municípios de Goiás que vão receber as vacinas, já foi definida a faixa etária que vai receber a vacinação, que é a população de 10 a 15 anos, mas, infelizmente, o número de doses ainda é muito pouco. É preciso que a população não relaxe, que não fique presa na questão da vacinação, porque as doses são poucas", explicou.

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