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Homem encontrado morto após ser levado por PMs se ajoelhou antes de morrer, diz laudo

Reprodução
Abordagem policial aconteceu no dia 11 de agosto. Henrique foi encontrado morto horas depois

Laudo da Polícia Científica apontou que o servente Henrique Alves Nogueira, de 28 anos, encontrado morto após ser levado por policiais militares em uma viatura, foi agredido e se ajoelhou antes de morrer. Os quatro PMs envolvidos no caso foram indiciados nesta segunda-feira (10), suspeitos do crime.

No dia 11 de agosto deste ano, imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que Henrique é abordado pelos militares e colocado dentro de uma viatura no Jardim Europa.

As imagens, inclusive, vão de encontro à versão oficial apresentada pelos PMs, que alegaram que Henrique estava na garupa de uma moto no Setor Real Conquista com drogas dentro de uma mochila e que reagiu à abordagem dos policiais, atirando contra os agentes após cair do veículo em fuga.

Horas depois da abordagem, seu corpo foi encontrado na rua RC-1, no setor Real Conquista – um local de estrada vicinal e cercado por mato.

O laudo da perícia, que apontou que Henrique foi morto com quatro tiros, especifica que “momentos que antecederam a sua morte e naquele cenário, a vítima tombou ou se colocou de joelhos por certo lapso temporal, promovendo a formação de sujidades na face anterior da calça”.

O documento identificou ainda que Henrique sofreu “impactação/fricção da hemiface direita”, o que provocou escoriações e hematomas. A Polícia Científica destacou, por fim, que a vítima morreu por “choque hemorrágico em consequência de politraumatismo provocado por meio de ação perfurocortante, projétil de arma de fogo.”

Indiciamento

O sargento Cleber Leandro Cardoso, de 37 anos, o cabo Guidion Ananias Galdino Bonfim, de 31, e os soldados Kilber Pedro Morais Martins, de 34, e Maik da Silva Moura Sousa, de 29, estão presos desde o dia 16 de agosto.

Com a conclusão do inquérito, eles foram indiciados e agora respondem pelos crimes de homicídio doloso qualificado, fraude processual e falsidade ideológica.

A reportagem tenta localizar a defesa dos indiciados.

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