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Hospital Lúcio Rebelo volta a funcionar após disputa judicial

Kamilla Klece

O Hospital Lúcio Rebelo voltou a funcionar após quase cinco anos de disputa judicial. A unidade, que fica localizada em Goiânia, foi a primeira a realizar fertilização in vitro (bebê de proveta) em Goiás. O hospital retomou os atendimentos de forma gradual em março, sob a direção do cardiologista, Jorge Nabuth. A expectativa é que até julho de 2024, a unidade gere 500 postos diretos de trabalho.

Inicialmente estão sendo oferecidos serviços clínicos e ambulatoriais, com especialistas em cardiologia, nutrologia, psiquiatria, infectologia, entre outros.

Segundo o diretor da unidade, nos próximos dois meses o hospital deve passar a atender pacientes que precisem de  Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e com leitos humanizados e para tratamentos paliativos, além de centro cirúrgico dotado inicialmente de quatro salas. Já para 2024, está prevista a reabertura do Pronto Socorro, com 25 leitos e com capacidade para atender, num primeiro momento, 300 pessoas, sendo que a meta é chegar a 500 atendimentos por dia. 

Com isso, o hospital será o primeiro da rede particular com atendimento de trauma em Goiás, sendo que atualmente dessa modalidade no estado só existe um de atendimento público, que funciona no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol).

A meta, conforme Jorge Nabuth é “honrar seus mais de 40 anos de existência como uma das unidades referência em alta medicina, com tecnologia, e humanizada do estado de Goiás”, disse.

Disputa judicial

Em 2016, após crise financeira, a então diretora geral da empresa sugeriu a venda da unidade. No ano seguinte, a negociação é fechada e a unidade de saúde é entregue por R$ 25 milhões. Entretanto, a negociação, segundo inquérito policial, foi fraudulenta e foi com a utilização de “laranjas” do real interessado, cuja pessoa já pesava outras acusações de aplicar conduta semelhante em outras empresas do país;

Já em meados de 2018, o hospital passou a operar com o nome de Hospital Adonai. Porém, segundo o Ministério Público, o grupo recebia as receitas dos atendimentos particulares, planos de saúde e governos, mas não pagava tributos, colaboradores, fornecedores, sequer as contas de água e energia elétrica. Eles também não honraram as parcelas do contrato de compra e venda da empresa.

Por este motivo, o médico Percival Rebelo pediu a anulação do contrato de compra e venda, que foi acatado pela Justiça. Sem equipamentos, a unidade foi fechada. Em 2021, os dois proprietários, Percival e Maria Helena Tabelo morreram em decorrência da Covid-19.

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