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Idosa que teve câncer após lavar farda contaminada com Césio será indenizada 33 anos depois

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Pedidos ainda se sucedem, mas rito para comprovar relação com o acidente radiológico é complexo

Uma idosa de 71 anos conseguiu na Justiça Federal de Goiás o direito de receber uma indenização de 20 mil reais após lutar contra um câncer de pele e desenvolver depressão grave, de acordo com laudo médico. Benvina Alves Amado teria se contaminado com Césio-137 ao lavar a farda do marido, Osvaldino Fidencio Amado, bombeiro militar que trabalhou no combate do acidente, em Goiânia, há 33 anos. 

Em setembro de 1987, o bombeiro, hoje aposentado, atuou na linha de frente no combate ao acidente nuclear. Na época, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) não alertou sobre o risco de exposição à radiação, por isso, Benvina continuou lavando o uniforme do marido. 

Depois de sessões de radioterapia, em 2014, a dona de casa precisou retirar tecido do câncer. Além disso, ela teve o seu quadro de depressão agravado , o que resultou no diagnóstico de médico psiquiatra que a impossibilita de trabalhar, pelo estado de saúde apresentado.

“A conclusão foi taxativa ao afirmar que há nexo de causalidade da enfermidade psíquica com o acidente do Césio 137”, escreveu o magistrado, na decisão confirmada pelo colegiado. 

O caso foi decidido através da confirmação da Turma Recursal da Seção Judiciária Da Justiça Federal em Goiânia da sentença do juiz federal substituto João Paulo Morretti de Souza e considerou resultado de perícia realizada pela Junta Médica Oficial do Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara)

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