Em nova reunião virtual entre líderes evangélicos e o governador Ronaldo Caiado (DEM) nesta quarta-feira (13), os pastores receberam a confirmação de que os cultos terão que ser suspensos por, pelo menos duas semanas. A regra contaria a partir da próxima segunda-feira (18) e, com isso, neste domingo os pastores poderiam explicar a mudança para seus fiéis.
Desta forma, os cultos dos próximos domingos (24) deverão ser realizados sem a presença dos membros das igrejas e ser acompanhados exclusivamente pela internet. Como os pastores ainda não foram informados sobre o prazo de vigência do novo decreto, não é possível saber como serão as próximas reuniões das igrejas. O primeiro encontro sobre o tema ocorreu na terça (12).
A medida não agrada, já que boa parte dos pastores esperava sensibilidade por parte de Caiado. O pastor Gentil Oliveira, que preside a Igreja Assembleia de Deus Bethel, afirma que não há contaminação no ambiente da igreja porque estão sendo muito rigorosos com distanciamento entre as pessoas, acesso e limpeza dos espaços compartilhados.
Líder da Igreja Fonte da Vida, apóstolo César Augusto concorda e diz que poucas pessoas têm comparecido ao culto presencial, mas reforça que este é uma prática importante para muitos fiéis. Neste momento de pandemia, César Augusto entende que o ambiente religioso pode oferecer maior suporte emocional para que as pessoas atravessem esse momento.
Católicos
A Arquidiocese de Goiânia informou na noite desta quarta-feira que não foi informada sobre a mudança das regras de um novo decreto, mas a União dos Juristas Católicos de Goiânia (Unijuc), em nome dos leigos católicos, enviou uma carta ao governador pedindo adequação do novo decreto, para permitir o funcionamento das igrejas.
Nos argumentos, a Unijuc detalha que essas determinações afetam o exercício do direito individual à liberdade religiosa, em especial o livre exercício dos cultos religiosos e a proteção dos locais de culto e suas liturgias. Também afirmam ser inconstitucional as medidas que proíbam a realização de celebrações religiosas e, principalmente, impede a população goiana de receber assistência religiosa.