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Infiltrações se acumulam no Museu Pedro Ludovico, em Goiânia

Wildes Barbosa
Pintura do teto está cedendo em sala do Museu Pedro Ludovico Teixeira, na Rua Dona Gercina Borges Teixeira

Quem decidir realizar uma visita no Museu Pedro Ludovico, em Goiânia, irá se deparar com uma porção de pontos de infiltração que está tomando o teto de cômodos por completo. O problema acelerado pelo período chuvoso obrigou a equipe que cuida do local a cobrir uma peça do acervo com um saco plástico preto, o que fica em destaque em uma das áreas mais importantes da casa.

O Museu Pedro Ludovico foi criado em 1987, em homenagem ao fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira. Trata-se da antiga casa da família de Pedro Ludovico construída em 1934, em estilo art déco, com dois andares. A última reforma recebida, em 2018, havia tentado reparar as infiltrações. No entanto, as medidas foram insuficientes. O problema é de um nível tão elevado que as goteiras do andar de cima causam manchas e o descascamento da pintura do forro no andar inferior.

O coordenador do museu, Pedro Santana, diz que a questão está associada principalmente à pouca capacidade da calha de receber grandes volumes de chuva. Fora as infiltrações, há o registro de luzes queimadas que aguardam por reposição. Santana trabalha no local há cinco anos e diz que esses são os únicos problemas do museu, não havendo reclamações sobre recursos para demais serviços como segurança e limpeza.

A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) diz que a manutenção do local é feita regularmente e que a unidade irá passar por uma reforma emergencial “em breve”. “As equipes técnicas estão fazendo o levantamento de dados para iniciar o processo”, informa. A pasta destaca que as infiltrações são consideradas comuns em edificações antigas durante as chuvas. Ainda segundo a Secult, o problema não oferece risco aos visitantes e por isso o museu permanece aberto.

Reformas

A Secult tem previsão de obras de restauração em quatro dos seis museus goianos sob sua supervisão. Segundo a pasta, serão restaurados o Centro Cultural Marietta Telles, o Museu Ferroviário de Pires do Rio e o Museu Zoroastro Artiaga, sendo que o último já está fechado para as intervenções. Outro que deve passar por reforma completa é o Palácio Conde dos Arcos, na cidade de Goiás, que recebeu obras emergenciais no ano passado.

Outro projeto de restauração, o Fé, Religiosidade e Devoção, promete R$ 20 milhões em obras de nove igrejas históricas. A iniciativa teve início na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no povoado de Areias na cidade de Goiás, onde os trabalhos já foram iniciados.

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