A Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), realizou procedimento para recuperar um ipê-roxo de aproximadamente 40 anos, que está localizado no Setor Sul, na capital, que foi alvo de crime ambiental. O tronco da árvore sofreu processo de anelamento. A Amma utilizou a calda bordalesa, que funciona como cicatrizante.
Segundo o órgão municipal, como não houve flagrante do crime ambiental, um parecer técnico foi encaminhado à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema).
Um morador da região chegou a fazer um cicatrizante caseiro. A Amma vai voltar ao local mais vezes para novas aplicações e observar o desenvolvimento da árvore.
Neste tipo de prática, é realizada a retirada da casca do tronco, formando um anel que impede a circulação dos nutrientes da raiz para a copa, assim como da copa para raiz, situação que acaba resultando na morte da árvore.
Mas, nesse caso, a Amma informou que o processo de anelamento não foi profundo, e não chegou ao cerne do ipê-roxo. “O ipê-roxo pode se recuperar com a aplicação do produto, que atua na prevenção contra fungos e bactérias na parte ferida da árvore”, explica a bióloga Wanessa de Castro.
A pasta relatou que prepara licitação para compra em grande escala da calda bordalesa, e promove qualificação de equipes da Enel e Comurg, que também realizam o serviço de podas de árvores na capital, e ainda não adotaram o uso do produto como cicatrizante.
Para solicitar a poda ou extirpação de árvores, é necessário que o cidadão procure a Amma pessoalmente, ou realize o pedido em um posto Atende Fácil, com documentos pessoais, comprovante de endereço e, se possível, fotos da árvore. Após o pagamento da taxa, os técnicos da Amma realizam parecer autorizando ou não a poda ou extirpação, que é realizada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).
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Thaynara Mesquita é estagiária de Jornalismo do convênio GJC/Uniaraguaia