A Apple anunciou nesta sexta-feira, 17, que o iPhone X, aparelho que comemora os dez anos do lançamento do smartphone da Apple, chegará ao Brasil em 8 de dezembro.
Já a pré-venda do dispositivo começa uma semana antes, no dia 1º de dezembro. Os preços começam em R$ 7 mil – para a versão com armazenamento de 64 GB – e sobem para R$ 7,8 mil, na versão com 256 GB de memória interna.
Em outubro, quando a Apple divulgou os preços do aparelho, o Estado mostrou que pode ser mais barato ir até os Estados Unidos comprar o iPhone X e voltar do que adquirir o dispositivo por aqui. Além disso, com o valor atual do aparelho, o Brasil voltou a ter o iPhone mais caro do mundo.
Nos Estados Unidos, o modelo mais simples do iPhone X é vendido a US$ 999 – o aparelho chegou às lojas do país em 3 de novembro. No mesmo dia, chegaram às lojas brasileiras os iPhones 8 e 8 Plus, modelos mais simples também anunciados pela Apple. No Brasil, o modelo mais simples do iPhone 8 custa R$ 4 mil – em seu primeiro dia de venda, o aparelho atraiu poucos fãs da marca às lojas.
O preço do iPhone X surpreende porque está bem acima dos valores praticados pela concorrência: o Galaxy Note 8, da Samsung, que pretende concorrer com o aparelho da Apple, é vendido no País por preços a partir de R$ 4,4 mil. Já o o Sony Xperia XZ Premium foi lançado por R$ 4 mil por aqui. Aparelho mais premium da Motorola, o Moto Z2 Force é vendido no País a R$ 3 mil.
O design do iPhone X tem um ar nostálgico, com bordas arredondadas e cromadas, que lembram a primeira geração do iPhone, anunciada por Steve Jobs, em 2007. Tanto a tela como a parte traseira do smartphone são recobertas por vidro ultraresistente. Confirmando os rumores, trata-se do primeiro iPhone a vir com tela de OLED (diodo emissor de luz orgânico, na sigla em inglês) e é o smartphone da Apple com maior resolução da imagem já lançado (2.436 x 1.135 linhas de pixels). A tecnologia é chamada pela fabricante de Super Retina Display.
Na parte interna, o smartphone traz o processador A11 Bionic, com seis núcleos e uma nova tecnologia de aprendizado de máquina embutida no chip (neural engine). Ela será necessária, por exemplo, para processar imagens do novo recurso de reconhecimento facial do iPhone, chamado de FaceID. Com a ajuda de um conjunto de sensores e da câmera frontal do dispositivo, o usuário poderá desbloquear a tela do smartphone apenas olhando para ela -- será possível, também, desbloquear a tela com apenas um toque na tela, caso o usuário não queira usar a nova tecnologia. Na hora da demonstração ao vivo, porém, a tecnologia de reconhecimento facial falhou -- o que fez as ações da Apple caírem.
De acordo com a Apple, a tecnologia de reconhecimento facial funciona mesmo no escuro. Além disso, o processamento das informações coletadas pela câmera e pelos sensores será feito no smartphone, sem enviar informações de imagem do usuário para um servidor. De acordo com a Apple, isso garante a privacidade dos dados dos usuários. O smartphone chega com a nova versão do sistema operacional iOS 11. Ele possui proteção á prova d'água e poeira e estará disponível apenas em preto e cinza -- não há opção em dourado, como os demais modelos.
Outra tecnologia que chamou a atenção da plateia durante o lançamento foram os Animojis. O recurso, que permite ao usuário personalizar emojis em 3D com suas próprias expressões faciais, também usa a tecnologia de reconhecimento facial para funcionar. É possível enviar as imagens, como vídeos, por meio do aplicativo de mensagens instantâneas da Apple, o iMessage.
O iPhone X tem duas câmeras de 12 megapixels cada, com sensores "maiores e mais rápidos", segundo a Apple. Ao contrário do iPhone 7 Plus, as duas câmeras ficam em disposição vertical. As duas lentes têm estabilização de imagem e um novo tipo de flash que não deixa as cores da foto estouradas" como os tradicionais.
Outra novidade do iPhone X (que também está presente nos iPhones 8 e 8 Plus) é o carregamento sem fio – uma tecnologia já presente nos smartphones da Samsung há algum tempo. No lugar de carregadores com fio, bastará depositar o iPhone próximo a uma base – a bateria será carregada por indução. Segundo a Apple, a bateria do aparelho vai durar duas horas a mais que a do iPhone 7, lançado no ano passado, mas não revelou a carga total.